O deputado federal Amom Mandel (Cidadania-AM) respondeu às declarações do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), que o classificou como “inútil para a cidade” durante entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira (13). O prefeito afirmou que parlamentares como Amom não destinam recursos para a capital, o que foi rebatido pelo deputado com dados sobre suas emendas parlamentares.
Segundo levantamento publicado pelo portal RealTime1, 90,6% das emendas apresentadas por Amom em 2023 foram direcionadas a Manaus. De acordo com a assessoria de comunicação, o deputado figura como o parlamentar que mais destinou recursos à capital entre os representantes do Amazonas, somando R$ 21 milhões, dos quais R$ 400 mil foram repassados diretamente à Prefeitura para o projeto Fila Zero, da Secretaria Municipal de Saúde.
Em nota, Amom afirmou que as declarações do prefeito são falsas e sugeriu que os ataques têm relação com o avanço das investigações do Ministério Público do Amazonas (MPAM) contra David Almeida. A Justiça autorizou recentemente a apuração de sete possíveis irregularidades envolvendo a gestão municipal.
“O prefeito está alucinando. O que ele falou é mentira. Mais de 90% das minhas emendas foram destinadas a Manaus e isso é público. É só olhar o localizador geográfico dos meus recursos no portal da transparência. O que eu não faço é liberar dinheiro que vai cair ‘na conta dele’. Aí, obviamente, eu faço de tudo para isso não acontecer”, disse o deputado.
Amom também mencionou denúncias de moradores da área próxima ao aterro sanitário de Manaus, que, segundo ele, não teriam sido informados sobre uma obra feita nas proximidades — estrutura que, de acordo com críticas, teria sido construída às pressas em razão da participação da Prefeitura na COP30. Ele acusou o prefeito de tentar desviar o foco dos problemas enfrentados pela cidade.
“Em vez de atacar quem trabalha, ele deveria explicar à população por que famílias estão sendo obrigadas a viver ao lado do lixão de Manaus e o que tem a dizer sobre as sete denúncias que agora são alvo de investigação judicial. Manaus precisa de soluções, não de ataques”, afirmou.
Redação BMA
