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O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), pivô das denúncias de corrupção no caso da compra da vacina Covaxin pelo Ministério da Saúde, deu a entender, numa entrevista ao site O Antagonista, ontem (26), que teria gravado a reunião que teve com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada, em março, na qual revelou os indícios de irregularidades na transação envolvendo o imunizante indiano.

“Ele vai ter uma surpresa mágica. Aí vou ter que fazer uma coisa que nunca um parlamentar deve fazer com o presidente. Ele vai ficar constrangido, muito. Até porque eu tenho como provar”, ameaçou Miranda, quando questionado pelo entrevistador sobre a hipótese de Bolsonaro desmenti-lo e gerar um clima de “a palavra de um contra a do outro”.

O jornalista insiste na pergunta sobre o parlamentar ter provas. E Miranda reitera. “É melhor ele não fazer isso. É desnecessário, é uma loucura. Porque se fizer, esquece 2022. Ele terá um Brasil inteiro descobrindo que ele mentiu”.

Durante a fala, o denunciante também disse estar sofrendo pressões e ataques por parte de Bolsonaro e seus filhos. Ele reclamou da forma como tem sido hostilizado pela família presidencial, mas não sem voltar a ameaçá-los com o que pode ser uma gravação.

“Já passou dos limites, presidente. Os filhos dele me atacando, me chamando de 171, dizendo que eu tô mentindo. Se ele fizer isso, a gente vai ter que provar de um jeito que será totalmente desfavorável para o resto da carreira política dele”, falou irritado.

Por fim, o deputado tentou amenizar suas palavras. Alguns espectadores perguntaram a ele se haveria “mais munição”, cogitando explicitamente a existência de uma gravação de áudio. Miranda procurou diminuir a temperatura de suas declarações, mas encerrou em tom irônico.

“Tinha mais duas pessoas na sala. Três, com ele. Eu, como parlamentar, não gravaria, mas… Vamos mudar de assunto?”, finalizou.

Fonte: Revista Fórum

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