Ao sair em defesa do governo Amazonino Mendes (PDT), na Assembleia Legislativa, o líder Dermilson Chagas (sem partido) acusou a presidência da Aleam de estar manipulando o parlamento contra o governo, no pressão pelo ajuste salarial de 30% dos professores.
— Essa solução vai chegar. Não é o bom anjo que vai resolver o problema. E muito menos um tapinha nas costas. Esse parlamento está sendo usado de forma errada. O Amazonino vai resolver o problema.
Politicagem
O líder de Amazonino descreveu a manifestação na Assembleia como “politicagem”.
— O que aconteceu aqui na Aleam foi muita politicagem. O servidor está preocupado com o reajuste salarial, mas, outros, estão preocupados com a reeleição.
Meu umbigo
Dermilson disse que boa parte está legislando em defesa de seus interesses.
— Todos nós somos políticos. Não escapa ninguém –, cutucou o líder.
Comigo não
O presidente da Assembleia, deputado David Almeida não gostou de ser colocado no saco de gatos e reagiu na hora.
— O senhor não está falando a verdade. Essa imagem negativa deve ser de políticos como o senhor e não como eu. Tenho consciência que estou fazendo o que é certo!
Posso esclarecer?
Motivo do arranca-rabo na Assembleia, Dermilson justificou a ausência do secretário de Educação Lourenço Braga, anteontem na Aleam. Vinte e quatro horas depois do fuzuê, o líder do governo disse que não poderia silenciar diante do que foi noticiado na mídia.
De costas
Boa parte da imprensa divulgou que Lourenço o secretário virou as costas para os professores ao não comparecer à Casa no início da semana. Ele foi convocado para comparecer à ALE nesta quinta-feira novamente, mas ele evitou o caldeirão pela segunda vez. Lourenço sustenta que a ALE-AM não obedeceu as regras previstas pelo Regimento Interno do Legislativo para a convocação de secretário de estado.
“Respeitosamente, peço permissão a Vossa Excelência para solicitar o cumprimento do disposto no parágrafo 2º do artigo 180 do Regimento Interno desta Casa Legislativa”, escreve o secretário no ofício.
Escudo evangélico
O deputado Wanderley Dallas (sem partido) engrossou o caldo em defesa de Amazonino. Disse que o bloco da oposição acusa o governador até pelos desmandos de 2014, 2015, 2016 e 2017.
– Querem que tudo seja resolvido num passe de mágica. Vai ser resolvido, sim, da maneira certa.
Proposta
Na noite de quarta-feira, o secretário de Estado de Educação e Qualidade do Ensino, Lourenço Braga, entregou aos representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) a proposta de reposição salarial de 15,53% referente ao pagamento das datas-bases de 2015, 2017 e 2018. A Seduc se comprometeu a não descontar as faltas dos professores pelo tempo de paralisação das aulas.
Arthur governador?
Cresce nos bastidores a pressão para que o prefeito Arthur Virgílio (PSDB) dispute o governo do Estado. No entanto, fontes mais próximas ao tucano garantem que é mais fácil ele disputar o Senado Federal e lançar ao governo um nome ligado ao seu grupo político.
Tapas e beijos
Entre tapas e beijos o governador Amazonino Mendes fez as pazes com os policiais da Policia Militar. O afago foi feito na solenidade de comemoração aos 181 anos de história da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), nesta quarta-feira (04/04), no Comando Geral.
Saudades da caserna
Mendes destacou as melhorias promovidas pelo Governo aos servidores da corporação nos seis meses da atual administração.
— Eu vim aqui prestar essa homenagem justa. Vim trazer meu abraço, minha solidariedade e a certeza de que o Amazonino entende e sabe que a gente precisa da Polícia Militar
Meus bravos
Amazonino caprichou no discurso. Chegou a chamar os PMs de “meus bravos” e anunciou um seguro de vida para aqueles que ariscam a vida no combate ao crime.
Seguro de vida
O governador questionou que, por vias fatais, caso o polivcial possa ser vitimado pelos bandidos, o que será da família deles?
— Por isso, meus bravos, eu estou pensando no policial que vai abrir o peito nas ruas para defender o cidadão. A eles vou dar um seguro de vida.
Recado enigmático
Pode até não ser esta a intenção do general Villas Bôas. Mas não dúvidas de que sua declaração fez crescer a pressão sobre a decisão de ontem do STF.
X
A manifestação do general foi feita em sua conta no Twitter, às 21h39 desta terça-feira 3, pouco minutos após a realização de atos de manifestantes favoráveis à prisão de Lula.
Recado enigmático 2
Às vésperas do julgamento do habeas corpus de Lula, o Comandante do Exército afirmou que a força julga “compartilhar os anseios de todos os cidadãos de bem” de “repúdio à impunidade”.
Recado enigmático 3
Antes, Villas Bôas lançou um questionamento enigmático.
— Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?
Recado enigmático 4
Dito isso, o general arrematou:
— Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais.
Vanessa mostra a cara
A senadora (PCdoB-AM) Vanessa Grazziotin publicou um vídeo em suas redes sociais em apoio ao ex-presidente e ressaltou que está com uma expectativa positiva sobre o habeas corpus.
— É inconstitucional prender alguém em segunda instância sem trânsito em julgado –, afirmou a parlamentar.
Fascistas
Vanessa também alertou que grupos fascistas e a direita estão convocando manifestantes para irem a Brasília para participar de ato por prisão de Lula.
Até a Sky
Como exemplo, ela citou a SKY – empresa de TV por assinatura –, que liberou seus funcionários para participarem do ato.
— Eles estão jogando com toda força do dinheiro.
EM ALTA
A decisão do secretário de Educação, Lourenço Braga que, finalmente, vai à Assembleia Legislativa, hoje, explicar porque o governo do estado se recusa a negociar o reajuste de 35% aos professores. Na democracia, homens públicos têm obrigação de prestar contas à sociedade, assim como manifestantes precisam respeitar a autoridade que se propõe a debater um problema com civilidade.
EM BAIXA
A estarrecedora pesquisa apontando que o Brasil teve no ano passado 59.103 vítimas assassinadas – uma a cada 9 minutos, em média. Houve um aumento de 2,7% em relação a 2016, quando foram registradas 57.549 vítimas no país.