O Dia dos Finados nos remete a um problema que, se não for enfrentado agora, se tornará ainda mais grave no futuro: a superlotação dos cemitérios, principalmente no São João Batista, o principal cemitério de Manaus, inaugurado em 5 de abril de 1891 pelo médico Aprígio Martins de Menezes, que hoje está com seu espaço totalmente ocupado.
Existem 10 cemitérios em Manaus; seis na zona urbana e quatro na rural. Apesar da preocupação, a assessoria da Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp) disse não possuir o número de pessoas enterradas. Em relação ao número de vagas, a secretaria que administra os cemitérios informa que, de acordo com a Lei 1273/2008, as sepulturas são temporárias, com um prazo de 4 anos de concessão, caso a família não sendo desativada caso a família não se manifeste para torná-la perpétua.
— Hoje, nos dez cemitérios de Manaus, ainda existem cerca de 140 mil sepulturas para atender a demanda local – explico o subsecretário de Gestão, Eisenhower Campos, observando que a cada quatro anos morrem aproximadamente 36 mil pessoas.
Informa ainda o subsecretário Operacional, José Rebouças, que a Semulsp já está trabalhando para melhorar o sistema de rotatividade de sepulturas e viabilizando a construção, já em andamento, de ossuários – um geral e um individual, para atender com mais folga às demandas da cidade. Ossuários são caixas usadas para guardar ossos depois da fase inicial de sepultamento. Funciona assim: vencido o prazo para a sepultura ser comprada, a Prefeitura exuma os cadáveres para que possam ser abertas novas vagas para sepultamentos e os restos mortais exumados são depositados em um ossário.
Quanto a crematórios públicos, a Prefeitura de Manaus ainda não tem nenhum projeto e nem perspectiva. Isso terá que partir da iniciativa privada.