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Com um discurso eloquente e brilhante, o prefeito Artur Virgílio (PSDB) esteve na sessão de ontem da Câmara Municipal, em homenagem ao secretário de Articulação Política, Alberto Carijó, que recebeu a medalha Cidade de Manaus.

Mas antes de entrar no motivo que  levara ao parlamento,  Arthur foi buscar um fato remoto da história do país, para reafirmar sua convicção de que as raízes da democracia é a discordância.

Arthur lembrou que, quando fazia movimento estudantil nos anos de chumbo, caiu nas garras da lei 477, que proibia o estudante enquadrado de estudar em qualquer escola do país, enquanto perdurasse regime militar.

“Meu pai ( o senador Arthur Virgílio Filho) ligou para o senador Raimundo Parente – outra figura afável – que ligou para o então ministro Jarbas Passarinho, que acabou me tirando daquele castigo. Eu preferiria até ser preso, mas não deixar de estudar e lutar pelo meu futuro”, disse Arthur.

Destinos cruzados

Em seguida, a história colocou Jarbas Passarinho na linha de frente do AI-5, que cassou o pai de Arthur em 1969. Nem por isso o prefeito alimentou qualquer ódio contra Jarbas Passarinho. “Apesar de compor o governo militar era um homem culto, inteligente e respeitado até pela oposição.”

Ás favas com os escrúpulos

Arthur lembrou que a famosa frase que marcou a reunião que decretou o Ato Institucional, em 13 de dezembro de 68. Muita gente espalhou que a frase havia sido dita pelo ministro da Economia e Finanças, Delfim Neto.

 ... de consciência!

Mas, na verdade, é de autoria de Jarbas Passarinho: “Às favas, senhor presidente, neste momento, todos os escrúpulos de consciência”. “Todos queriam que essa frase fosse mesmo do Delfim, que assim todos levariam na galhofa. Mas não era”, contou Virgílio.

Injustiça com Delfim

Na verdade, a frase foi dita por Jarbas Passarinho (na época, Ministro do Trabalho de Costa e Silva), durante a reunião que decretou o Ato Institucional, em 13 de dezembro de 68.

“Eu já tinha lido sobre a frase algumas vezes. Mas, certo dia, conversando com o já senador Jarbas Passarinho, com quem travei debates homéricos, ele me disso: Arthur, isso é uma grande injustiça com o delfim. Quem disse aquela frase fui eu.”

Raízes

Arthur disse que resgatou a história para provar que não alimenta ódio,  rancor,  mas esquece e vai em frente em busca do que constrói.

“Cassaram meu pai, mas nem por isso eu odiei. A democracia não precisa de raiva, de machões que batem na mesa, mas de diálogo.  A democracia tem sua raiz na discordância. A democracia é o sal da terra!”, disse o tucano.

Menos, menos

Durante homenagem a Carijó, na Câmara Municipal de Manaus (CMM), várias bandeirolas foram pregadas nas bancadas dos parlamentares para “enfeitar” a festa.

Viva São João

Ao chegar ao plenário e ver a arrumação, o presidente da Casa, Joelson Silva (PSDB) pensou que estavam comemorando as festas juninas com atraso. E mandou arrancar as bandeirinhas.

Cantou de Galo

Isso, no entanto, não é um fato que demonstre descrédito à pessoa de Carijó. Ele, na verdade, está com muita moral. “Compareceram à homenagem diversos secretários municipais e o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), também marcou presença.”

Tapas e beijos

Um dos vereadores a se pronunciar no evento foi o líder da oposição, Chico Preto (PMN). Ele lembrou que conheceu Carijó na CMM, em 2001, e que tiveram muitos embates, mas que mesmo em meio à oposição de ideias, se tornaram amigos.

Nós na foto

 Chama atenção de quem anda pelos corredores da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) o quadro emoldurado com todos os deputados e deputadas da atual legislatura. Ponto para Josué.  Antes era comum que o presidente de plantão exibisse a si mesmo na foto oficial.

Lado a lado

A mudança promovida pelo presidente Josué Neto busca aproximar ainda mais os deputados da proposta de uma administração compartilhada. Ao menos essa é sua intenção. Sem distinguir cores nem plumagens dos parlamentares de situação e oposição ao governo Wilson Lima.

Rainha da sucata

Já está virando rotina o painel da CMM “dar pau”. Ontem, demorou a atualizar a presença dos vereadores. ”São 14 anos, né? Já estamos com internet 5G, imagina o quanto esse painel é obsoleto”, destacou Joelson Silva.

Fora de combate

O vereador Professor Fransuá (PV), passou por uma cirurgia de apendicite e por isso está ausente da Câmara.

Até o painel enguiou

Ausente em quase todas as sessões plenárias do ano, o vereador Tabosa (sem partido) participou de todas as discussões na Câmara está semana. As más línguas dizem que o painel piorou depois que verificou a participação dele.

Tudo acaba em pizza!

 Irritado com o pedido de vistas feito a seu projeto sobre embalagens de papelão em caixas de pizza, o vereador Sassá da Construção Civil (PT), afirmou que a casa é mal falada porque se exime de debater assuntos importantes.

Desagravo

A fala foi prontamente desagravada pelo presidente Joelson Silva: “Vereador, pedir vistas é um direito dos parlamentares. Não critique a Casa que vossa excelência representa“, afirmou.

Que papelão

Incomodado com a fala de Sassá, Ewerton Wanderley (PHS), que é médico, afirmou eu aquilo era um papelão do colega.

EM ALTA

A brasileira Milena Titoneli conquistou nesta segunda, 29, a medalha de ouro no taekwondo e fez história nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru. Principal nome desta campanha, na categoria até 67kg, a atleta conquistou a sétima medalha do esporte, recorde histórico da modalidade em Pans.

EM BAIXA

O censo escolar de 2018, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), aponta que a infraestrutura das escolas brasileiras é frustrante.  A pesquisa mostrou que o país tem cerca de 141 mil escolas da rede pública. Dessas, 12% não têm banheiro no prédio; 33% não têm internet; 31% não têm abastecimento de água potável; 58% não têm coleta e tratamento de esgoto; 68% não têm bibliotecas; e 67% não possuem quadra de esportes.

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