Aos 77 anos, o governador eleito Amazonino Mendes (PDT) terá, talvez, um dos maiores desafios de sua história política. Provar a que veio em pouco mais de um ano, e encerrar a vida pública retribuindo a confiança que o eleitor amazonense lhe depositou. É possível arrumar a casa em tão pouco espaço de tempo, ou tudo não passou de um apelo de campanha eleitoral? Boa parte dos políticos do Amazonas não acredita e, quem acredita, garante que isso só vai depender do próprio Amazonino.
Ver para crer
O deputado Estadual Serafim Corrêa (PSB), por exemplo, diz que o mote funcionou como apelo eleitoral no qual o povo depositou suas esperanças.
— Se vai arrumar mesmo, teremos que aguardar para conferir.
Desajustes e ajustes
Sarafa imagina que Amazonino deverá definir quais são, na sua avaliação, os principais pontos que considera desarranjados para fazer os ajustes.
— A partir daí ele deve encaminhar as soluções.
Mais preparado
Para o deputado federal Pauderney Avelino (DEM-AM), Amazonino é o candidato das eleições suplementares de 2017 mais bem preparado para governar o Amazonas, no momento difícil em que Estado passa.
— Mas, não cabe a mim responder a esta pergunta, mas ao governador eleito Amazonino.
Opinião de mulher
Homem pode até entender de casa, mas mulher entende muito mais. A deputada Alessandra Capelo (PMDB) acredita que é possível fazer muito mais do que arrumar a casa.
— Arrumar a casa, tem que ser na transição. O governo tem é que arrumar a vida das pessoas – rebateu.
Faxina
Como exemplo, La Campelo cita que a segurança e a saúde, como os dois pontos principais na faxina de Amazonino.
— A outra prioridade é desenvolver políticas públicas que ajudem a gerar empregos emergencialmente.
Sem esperanças
O petista Zé Ricardo, que disputou a eleição com Amazonino, adverte que, sem transparência e sem fazer auditoria nos contratos com empresas encasteladas e ganhando milhões sem saber onde estão sendo gastos, é difícil arrumar a casa.
— Amazonino já foi governador por 12 anos. Não há muita esperança de melhorias efetivas para o Amazonas.
Nódoa
Zé 13 cutuca que basta lembrar da recente passagem do Negão pela Prefeitura de Manaus, considerada uma das piores gestões da história da capital.
Balela
Já para Francisco Souza (PTN) “Arrumar a casa” não passa de balela.
O deputado avalia que uma “casa” do tamanho da estrutura do governo do Estado não se arruma do dia para noite.
— Mesmo porque nunca presenciamos três governadores em apenas um ano – dispara Souza.
Engodo de campanha
Para o deputado pastor, é conveniente alardear uma mudança repentina para enganar o povo.
— Mas no fundo se sabe que é um engodo de campanha que não se concretiza no real.
Capote
— Se o próximo governador gosta tanto de dominó pode esperar um capote que virá dos moradores de dentro dessa própria casa – antecipa Francisco Souza.
Duelo em 2018
As principais lideranças do Congresso Nacional avaliam que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o ex-presidente Lula são os políticos com maiores chances de vitória nas eleições presidenciais de 2018, respectivamente com 27% e 20% das menções.
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É o que aponta o Painel em Foco, ferramenta criada pelo Congresso em Foco para mostrar o que pensa e para onde vai o Legislativo brasileiro.
Sem chances
Para a elite parlamentar do país, são remotas as possibilidades de o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), e o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) chegarem ao Palácio do Planalto.
Caiado e Marina
Ambos tiveram apenas 2% das citações, três vezes menos do que o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), que foi citado por 7% das lideranças entrevistadas. O ex-governador cearense Ciro Gomes, hoje no PDT, teve 4%. Marina Silva (Rede) não foi citada nenhuma vez.