Israel da Silva, sócio do advogado e servidor do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), Erwin Rommel Godinho Rodrigues, estava devendo a ele honorários de uma regularização de terra no valor de cerca de R$ 1,5 milhão, que com os juros chegava aos R$ 3 milhões, e o homem se recusava a pagá-lo. A informação foi confirmada pelo delegado titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Ricardo Cunha, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (19) sobre o homicídio da vítima.
Segundo o delegado, apesar dos negócios, os dois se consideravam amigos há cerca de dois anos. No entanto, Israel vinha se negando a pagar o valor acertado e Erwin sempre o cobrava. No dia do assassinato, ocorrido no dia 11 de novembro, a vítima durante almoço com o sócio chegou a dizer que tinha uma audiência marcada na Polícia Federal e que ia denunciar o caso.
Assim que saiu do restaurante na avenida Santos Dumont, no conjunto de mesmo nome, na Zona Oeste, Israel aparece no celular mandando mensagens para o pistoleiro e logo depois o advogado é baleado. Ele estava na companhia ainda do motorista particular, que chega a reagir.
Israel, de acordo com a autoridade policial, planejou o crime e o pistoleiro que fez os disparos trabalhava na lanchonete da mulher dele. Israel confirmou à polícia que conhecia o atirador, mas nega que tenha encomendado a morte. Após o assassinato, ele ainda se desfez do próprio celular.
Para a polícia, o crime está elucidado e Israel além de Hewerton Kauan Oliveira Cavalcante, de 18 anos, que fez os disparos, e João Gabriel da Silva Almeida, o “O GB”, que ajudou na fuga, vão responder pelo homicídio.