O livro de estreia de Dom Sérgio Eduardo Castriani não poderia ser mais sugestivo: “Prieiras Crônicas”. Nele, o arcebispo que foi nomeado Arcebispo de Manaus em 12 de dezembro de 2012 e tomou posse em 23 de fevereiro de 2013, abre o coração e narra parte de sua trajetória de missionaria de forma simples, como simples é a sua vida, como simples é o texto que apresenta nas 229 páginas.
A obra, que tem prefácio da escritora Carmen Nóvoa, será lançado amanhã, 12/09, às 18h na Catedral Metropolitana de Manaus, na Avenida Marquês de Santa Cruz, Centro.
Parte desse rico acervo faz a parte da coletânea de artigos que o arcebispo publicou nas páginas do EM TEMPO, no de 2013 a 2014. As crônicas de Dom Sérgio Castriani são retratos da vida e sopros da história vividas por esse religioso de 65 anos, nos seis anos em que está à frente da Arquidiocese, conduzindo o rebanho de fiéis em Manaus. Uma história que começa ao ser ordenado padre em 1978.
Como narra Carmen, o futuro arcebispo de Manaus era “um jovem inexperiente. Levava às costas uma fardo com as coisas mais precisas, um rádio na mão, no qual ouvia as orações e as missas, em época sem televisão no interior e muito menos internet”.
O destino e a devoção de Castrani se encarregariam de traçar a sua caminhada, por estrada tortuosas e fronteiras amazônicas, muitas vezes cruzadas em barcos pelos rios que quase sempre comandam a vida. A longa jornada apontou a direção em 1998, quando a prelazia de Tefé o recebia já como o título de bispo, onde permaneceu por quatro anos.
“Este espaço é o meu púlpito
semanal, para um público exigente
e desconhecido que exige clareza
e imaginação. O mais importante,
porém, é o exercício da liberdade!”
Dom Sérgio Castriani
Mas como nasceu este livro que Dom Sérgio presentei aqueles que beberam na fonte de suas sábias palavras e querem guardar no papel esses ensinamentos? É o próprio autor que conta:
— Seis anos atrás eu tomava posse como arcebispo de Manaus Sucedia a um grande arcebispo, Dom Luiz Soares Vieira. Homem culto, membro da Academia Amazonense de Letras, escrevia semanalmente para dois jornais da cidade. Seus artigos foram mais tarde publicados em livro. Não tinha vindo substituir Dom Luiz, mas ser seu sucessor e não era obrigado e nem deveria querer fazer tudo o que ele fazia, simplesmente porque não tinha capacidade para tano – cota de forma humilde Dom Castriani.
Mesmo assim, ao ser convidado, Dom Sérgio aceitou o desafio de escrever dois artigos semanas “Um dos jornais, alegando uma reestruturação no quadro de articulista, gentilmente agradeceu a minha colaboração semanal e assim fiquei liberado” — Mas o jornal Em Tempo quis continuar a oferecer um espaço para que o arcebispo de Manaus expressasse a sua opinião. E assim começou essa relação minha com os leitores que já dura meia dizia de anos –, conta religioso.
Uma frase de Dom Sérgio Castriani resume com precisão e sabedoria o respeito que ele tem com a missão de escrever e tocar o coração de seus leitores. “Sou um operário da palavra e vivo dela. Por isso mantém o respeito por ela e por seus leitores. , Porque acredita que a palavra escrita tem algo de magia. Uma vez escrita ela se orna independente de seu autor e pode adquirir sentidos diferentes, de acordo com cada leitor.
— Alguém me disse que este espaço é o meu púlpito semanal, para um público exigente e desconhecido que exige clareza, simplicidade e imaginação. O mais importante, porém, é o exercício da liberdade!