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Dupla foi morta e carbonizada após cobrar dívida de trabalho em Iranduba

Crime ocorreu no início do mês de dezembro

Polícia identificou o local em que os corpos foram incinerados

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da 31ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus) e do Departamento de Polícia do Interior (DPI), apresentou, nesta segunda-feira (30/12), os resultados das prisões de Felipe Oder Carlos Bezerra e Keronlayne Duarte da Silva de Vasconcelos, ambos de 30 anos, suspeitos pelos homicídios de Bruno França Candido, de 30 anos, e Emanoel de Jesus dos Santos Júnior, de 23 anos.

O delegado Raul Augusto Neto, titular da 31ª DIP de Iranduba, informou que as investigações começaram assim que a equipe tomou conhecimento do crime. Durante as diligências, foi constatado que o motivo do duplo homicídio estava relacionado a uma dívida trabalhista cobrada por Bruno, referente ao aluguel de um sítio onde Felipe atuava como chefe de segurança.

“O casal se sentiu ameaçado e, supostamente, extorquido. Keronlayne então teve a ideia de armar uma emboscada e atrair também o amigo de Bruno, Emanoel. No local combinado, houve um desentendimento. Felipe, que era mestre em artes marciais, imobilizou Bruno e, segundo sua versão, desferiu duas facadas no pescoço da vítima. Quando Emanoel tentou intervir, também foi morto a facadas por Felipe”, explicou Raul Augusto.

Após os homicídios, Keronlayne ajudou Felipe a limpar o local do crime, tentando alterar a cena. Posteriormente, Felipe levou os corpos para uma área de mata a cerca de 30 metros, onde acendeu uma fogueira e passou o dia carbonizando os restos mortais. Depois, colocou os fragmentos em sacos e os descartou como lixo.

“O casal foi preso na rodovia AM-010 e, durante o interrogatório, confessou os crimes. Em um mandado de busca e apreensão, encontramos a arma utilizada nos homicídios, que estava com a numeração raspada. No momento da prisão, eles estavam se preparando para fugir”, finalizou o delegado.

Trabalho de buscas

O sargento Adriano Pantoja, do Grupamento de Resgate com Cães do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), relatou que as buscas pelas vítimas começaram assim que a equipe da 31ª DIP solicitou apoio, o qual foi prontamente atendido, iniciando as diligências.

“Um cão farejador foi utilizado para identificar e localizar o local exato onde o crime foi praticado e também o ponto em que os corpos foram incinerados. O animal indicou os restos mortais de Manoel, permitindo que a equipe do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC) entrasse em ação para realizar a identificação e elucidar o caso”, explicou o sargento.

A Drª Najara Marinho, diretora do Instituto de Criminalística Lorena dos Santos Baptista (ICB-LSB), do DPTC, informou que um perito do Instituto de Criminalística acompanhou as buscas no local onde os corpos foram incinerados. Pequenos fragmentos ósseos foram encontrados e encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML). Os ossos passaram por exames de radiografia para preservação de vestígios, e a identificação foi confirmada por meio de análise de DNA comparada com amostras fornecidas pelos familiares das vítimas.

O casal responderá por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Felipe também foi autuado em flagrante por posse irregular de arma de fogo. Ambos permanecem à disposição da Justiça.

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