Renê da Silva Nogueira Junior, preso preventivamente em Belo Horizonte pelo homicídio do gari Laudemir de Souza Fernandes, responde também a um processo por violência doméstica ocorrido em Cotia, na Região Metropolitana de São Paulo, em maio de 2023.
De acordo com registros policiais, a vítima, que era companheira de Renê à época, relatou ter sofrido agressões físicas, psicológicas e patrimoniais durante cerca de quatro anos de relacionamento. Em um dos episódios descritos, em 2021, ela foi empurrada contra a parede após o empresário não encontrar a própria carteira. O impacto provocou a fratura de um dos pés da mulher.
A denúncia aponta ainda ameaças contra familiares da vítima e maus-tratos a animais domésticos como forma de intimidação. Ela também afirmou ter sido impedida de trabalhar e alvo de chantagens financeiras. Segundo o depoimento, Renê utilizava medicamentos sem prescrição e possuía arma de fogo sem porte legal. A Justiça concedeu medida protetiva de urgência à mulher.
O caso tramita no Judiciário paulista e pode influenciar a situação penal de Renê, caso seja condenado pelo assassinato de Laudemir, uma vez que o histórico de violência pode ser considerado na fixação da pena.
O crime em Minas Gerais ocorreu em 11 de agosto deste ano, durante uma discussão de trânsito no bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte. A vítima, de 44 anos, foi atingida por disparos enquanto trabalhava. Segundo a Polícia Civil mineira, o acusado deixou o local caminhando e manteve a rotina até ser localizado e preso em uma academia.
Renê passou por audiência de custódia no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que converteu a prisão em flagrante em preventiva.