A empresa Eneva, maior operadora privada de gás natural em terra do Brasil e que está explorando o Campo do Azulão, anunciou nesta sexta-feira, 16/02, em Manaus, investimentos em exploração e produção de gás natural que giram em torno de R$ 350 milhões e R$ 600 milhões no Amazonas. O anúncio foi feito em parceria com o Governo do Estado em evento no Quality Hotel.
Além desse montante, a empresa já reservou R$ 6 bilhões para a construção do Complexo Termelétrico Azulão 950 que consiste na instalação de duas Usinas Termelétricas (UTEs) a gás natural no município de Silves (a 240 quilômetros de Manaus), utilizando combustível oriundo da própria Bacia do Amazonas, especificamente, do Campo de Azulão, no mesmo município.
Com sua capacidade instalada de 950MW e escoamento a ser feito pelo Sistema Interligado Nacional (SIN), a energia gerada será suficiente para abastecer mais de 3,7 milhões de residências em todo o Brasil, a partir do final de 2026. O investimento total do empreendimento será de R$ 5,8 bilhões, e a obra deve gerar cerca de 5 mil postos de trabalho no pico.
Novos campos
Depois de R$ 200 milhões investidos em atividades de avaliação, a Eneva anunciou a comercialidade de novos campos de gás natural no Amazonas: Tambaqui e Azulão Oeste, ambos em Silves.
De acordo com a empresa, a Declaração de Comercialidade é uma notificação obrigatória feita à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informando a condição comercial de uma ou mais jazidas descobertas na área de concessão ou partilha, consequentemente confirma a intenção de desenvolvê-la.
Essa notificação, conforme a Eneva, significa mais investimento para o Estado uma vez que marca o fim da fase de Exploração e o início da fase de Desenvolvimento da Produção de uma área, com a criação de um campo de petróleo ou gás natural.
Sobre a empresa
A Eneva S.A é responsável por 44% da produção disponível de gás em terra, e a maior empresa privada em potência termelétrica operacional, sendo 4,6 GW já operacionais (55% da capacidade térmica do Subsistema Norte).
No Amazonas, o gás natural extraído do campo do Azulão, em Silves, é liquefeito e levado em carretas criogênicas até Boa Vista (RR), onde é responsável por 70% do abastecimento da única capital não interligada ao SIN por meio da termelétrica Jaguatirica II.