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Eneva leva para a Glocal Amazônia debate sobre a transição energética sustentável

As discussões foram marcadas pela necessidade de soluções viáveis para uma transição justa e os desafios para equilibrar proteção ambiental e a melhora da qualidade de vida da população

Evento da Eneva no Centro de Manaus
Evento da Eneva no Centro de Manaus

A Eneva, a maior operadora privada de gás natural em terra do Brasil e empresa integrada de energia, está apoiando e participando da Glocal Amazônia, que estreia no Amazonas neste ano e é parte da plataforma Glocal Experience, um dos maiores eventos de sustentabilidade do Brasil. O primeiro dia da conferência foi marcado por discussões sobre transição energética e desenvolvimento sustentável do interior do Amazonas.

O palco “Desafios e Soluções” abordou como a transição energética, além de diminuir a emissão de gases poluentes, pode dar dignidade aos povos amazônicos, unir os diferentes atores da sociedade e levar energia a uma região que precisa de altos investimentos em melhoria da qualidade de vida. Neste contexto, uma das soluções apontadas foi o gás natural, que já se mostrou essencial na transição energética do Amazonas e de Roraima. Substituir o diesel utilizado para gerar eletricidade para Boa Vista pelo gás natural, produzido no Amazonas pela Eneva, garantiu uma fonte de energia muito menos poluente e responsável por evitar, em 2022, a emissão de 122 mil toneladas de CO2. Com o gás, ficou 33% mais barato consumir energia em Roraima e, para 2023, a estimativa é que a redução das emissões aumente para 160 mil toneladas de CO2.

Aline Louise, gerente de ESG e Responsabilidade Social da Eneva, destacou que a união do poder público, terceiro setor e iniciativa privada pode levar a uma transição energética justa e inclusiva. “Temos a Fundação Amazônia Sustentável (FAS), a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e a Eneva refletindo as iniciativas que já mudam a vida das pessoas. Com a FAS, fazemos uma transição energética que leva direitos básicos a Crianças e Adolescentes, com o projeto Dicara, que foi estendido por mais 18 meses. Com o governo do Amazonas, estamos apoiando políticas públicas e investindo para suprir o Norte do país com energia segura”, explicou Aline.

O Secretário de Estado do Meio Ambiente do Amazonas, Eduardo Taveira, disse que a agenda de transição energética será sustentável se os investimentos contemplarem a melhora na qualidade de vida dos povos da floresta. “Como levar acesso à energia limpa para as comunidades? Precisamos de políticas públicas amplas o suficiente para que os investimentos pensem, a curto e médio prazo, numa transição energética urgente que considere a melhoria da qualidade de vida das pessoas daqui”, afirmou Taveira.

Valcleia Solidade, superintendente de Desenvolvimento de Comunidades da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), apontou que, de acordo com cálculos de 2023 da FAS, cada comunidade, por ano, gasta R$ 25 mil comprando diesel – valor que pode ser maior dependendo da localização de uma determinada comunidade. Além disso, anualmente, devido ao uso do diesel, elas acabam tendo que jogar na atmosfera mais de nove toneladas de CO2. “Essa realidade mostra a importância de as organizações da sociedade civil atuarem em conjunto com o Estado. A organização da sociedade civil vai, muitas vezes com o apoio da iniciativa privada, e atua onde é necessário levar dignidade para a vida das pessoas”, disse Valcleia.

O crescimento dos municípios do interior da Amazônia

O palco Impacto da Glocal recebeu Marcio Lira, especialista em Relações Institucionais da Eneva; Maurício Magalhães, diretor comercial do estaleiro Juruá; e Paulino Grana, prefeito de Silves, em uma palestra sobre como promover o desenvolvimento sustentável de municípios do interior da Amazônia.

Marcio Lira apresentou o caso de Santo Antônio dos Lopes, no Maranhão, onde a Eneva atua, com os dados de crescimento econômico da região para conectar com o desenvolvimento pelo qual o município de Silves, no interior do Amazonas, está passando.

Em Santo Antônio dos Lopes, que tinha altos indicadores de pobreza, a renda da cidade aumentou 12 vezes após investimentos públicos e privados, além de o município ter crescido a uma taxa anual de 137%, entre 2012 e 2019, e ter havido um aumento salarial médio de 2,7 salários mínimos para 4 salários mínimos, neste mesmo período.

“O gás amazônico que hoje traz desenvolvimento para Silves, Itapiranga e Itacoatiara é também o gás que leva segurança energética para o Estado de Roraima. Só na região do interior do Amazonas, onde atuamos, foram pagos R$ 336 milhões a fornecedores locais em compra e contratos locais em 2022, movimentando a economia regional. Já foram mais de R$ 3 bilhões de investimentos no estado, somando empreendimentos de geração e exploração e produção de gás natural. E, até agora, contabilizamos R$ 34 milhões de reais na soma dos tributos e royalties.”, apontou Marcio.

Diante da necessidade de mais investimentos privados, o estaleiro Juruá também se destacou ao ser mais um agente de transformação do interior, já que está investindo em estudos e capacitação de mão de obra local para criar e oferecer soluções mais sustentáveis e adaptadas às características únicas de navegabilidade dos rios amazônicos. “Nosso trabalho é garantir o escoamento da produção de embarcações, de rebocadores e equipamentos de transporte que sejam ferramentas para esse desenvolvimento local com responsabilidade social e ambiental”, disse o diretor comercial do estaleiro Juruá.

O apoio ao pequeno produtor rural foi tema da mesa, destacado pelo prefeito de Silves. “Nós só trabalhamos na zona rural da nossa cidade em áreas que já foram usadas, sem desmatar. Investimos em adubos e na produção rural em pequena escala para valorizar nossos agricultores, uma vez que 60% da população de Silves está no interior e é onde eles precisam aprender a rentabilizar a terra deles.”, finalizou o prefeito.

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