"Esse é o dia mais triste da história da nossa cidade", lamentou o prefeito de Manaus, David Almeida, ao dar a entrevista para a Rádio Band News nesta quinta-feira, 14/1, ao comentar a falta de oxigênio nas unidades de saúde públicas e particulares. Hoje, Hospitais como o Universitário Getúlio Vargas (HUGV), Fundação de Medicina Tropical de Manaus, e o Serviço de Pronto Atendimento (SPA) do Galileia amanheceram sem oxigênio. Com informações do Toda Hora.
Ao ser questionado sobre o estoque para as unidades atendidas para a prefeitura, David Almeida comentou que há estoque para alguns dias para locais como SAMU, maternidades e abrigos para idosos. 'Para se ter uma ideia, as unidades particulares vai faltar oxigênio nos próximos dias. Esse é o dia mais triste da história da nossa cidade", afirmou emocionado.
David Almeida comentou que no primeiro pico da pandemia, cerca de 30 mil m³ de oxigênio eram consumidos pelas unidades de saúde do Estado, e hoje esse número mais que dobrou, chegando a 76 mil m³.
"Precisamos que os estados possam nos ajudar, o governo federal está aqui presente... mas a necessidade é grande. As pessoas estão morrendo! Se nada for feito nacionalmente, aqueles que clamam em ajudar o Amazonas, a Amazônia, vê uma árvore sendo derrubada, que se unam para salvar as pessoas! Não vi nenhuma manifestação do tipo. Somos 4,1 milhões. Mantemos a floresta em pé. Somos o Estado que mais preserva no mundo, mas somos punidos pelo isolamento. Para uma carga chegar na cidade, saída de São Paulo, são 3, 4 dias. Você vai para Belém, são 6,7 dias de barco. A mesma forma para Porto Velho".
O prefeito que assumiu o executivo municipal há menos de 15 dias também comentou as medidas restritivas. Segundo ele, o que o estado vive é fruto das festas de fim de ano. "Houve uma medida de restrição e um dia depois as pessoas se manifestaram e o decreto foi editado. Se tivesse sido feito naquela época, não estaríamos naquela situação tão agravada", afirmou, acrescentando que o toque de recolher na cidade será respeitado, com a restrição de circulação de ônibus.