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Esteticista é presa por aplicar Mounjaro sem autorização médica em Tefé

Clínica divulgava, nas redes sociais, a venda e aplicação do medicamento sem ter a autorização da Anvisa

Clínica não autorização específica da Anvisa, segundo a polícia - Foto: Divulgação

Uma mulher, de 30 anos, foi presa em flagrante, na quarta-feira (16/05), pelo crime de exercício ilegal da medicina, em Tefé (a 523 quilômetros de Manaus). A prisão aconteceu após requisição do Ministério Público do Amazonas (MPAM), que solicitou apuração sobre o uso irregular de medicamentos em uma clínica estética do município.

De acordo com o delegado Renato Ferraz, da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Tefé, as investigações tiveram início após a divulgação, nas redes sociais, da venda e aplicação do medicamento Mounjaro (tirzepatida), substância injetável e de uso controlado, indicada para tratamento de diabetes tipo 2 e controle do peso corporal.

“Ao chegarmos ao local, não encontramos a proprietária da clínica, mas fomos recebidos por uma funcionária que se apresentou como esteticista e afirmou ser a responsável pela aplicação do medicamento”, relatou o delegado.

Ainda conforme a autoridade policial, durante a vistoria, a equipe encontrou diversas ampolas do medicamento já utilizadas e outras prontas para uso, além de duas agendas contendo nomes e horários de clientes que frequentavam o local para receber as aplicações.

Medicamento encontrado no local - Foto: Divulgação

Segundo Ferraz, o medicamento Monjaro é classificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como de uso controlado, cuja prescrição exige receita médica com retenção da via pela farmácia. Sua venda, armazenamento e aplicação também dependem de autorização específica da Anvisa, o que não foi apresentado pela responsável no local.

“A aplicação de substâncias controladas por pessoas não habilitadas representa um grave risco à saúde pública. A atuação policial tem como objetivo proteger a população de práticas ilegais disfarçadas de procedimentos estéticos”, explicou o delegado.

O delegado acrescentou que o inquérito policial segue em andamento e que a Polícia Civil continua com as diligências para identificar e responsabilizar a proprietária do estabelecimento. Os fatos também serão comunicados à Vigilância Sanitária, que poderá adotar medidas administrativas contra a clínica.

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