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Ex-ministro da Educação Milton Ribeiro é preso pela Polícia Federal

A Polícia Federal prendeu preventivamente, na manhã desta quarta-feira (22/6), o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, em Santos, litoral de São Paulo, durante a operação "Acesso Pago". Ele foi preso em uma operação que investiga esquema de corrupção dentro do Ministério da Educação, com verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada a pasta.

Também são alvos da operação os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL). A PF cumpriu 13 mandatos de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados e cinco de prisão em Goiás, São Paulo, Pará e no Distrito Federal.

A operação investiga se houve "tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos" do FNDE. De acordo com a PF, a ação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A prisão ocorre depois da divulgação, em março deste ano, pelo jornal Estado de S. Paulo, de áudios de Milton Ribeiro em que ele falava sobre o favorecimento de municípios que negociavam verbas com pastores, que não tinham cargos no governo.

Dias depois, a Folha de S.Paulo divulgou um áudio em que Ribeiro falava que o pedido vinha diretamente do presidente Jair Bolsonaro (PL). Na época, ele negou, em nota, que Bolsonaro tivesse feito esse pedido. Dias depois, ele pediu demissão da pasta.

Presidente comenta

A operação deflagrada hoje foi comentada hoje pelo presidente Jair Bolsonaro durante entrevista à Rádio Itatiaia, retransmitida nas redes sociais do presidente.

“Se teve prisão [de Milton Ribeiro], é por causa da [atuação da] PF. É sinal de que ela está agindo. Ele que responda pelos atos dele”, disse o presidente.

Bolsonaro relatou ter sido informado de que, na conversa com os pastores, Milton Ribeiro “estaria em uma conversa informal, com pessoas da confiança dele”, em meio a negociações de recursos com prefeitos.

“Se tiver algo de errado, ele [Milton Ribeiro] vai responder. E se for culpado, vai pagar. O governo colabora com as investigações, e não compactua com isso”, disse Bolsonaro ao lembrar que afastou o ministro “na hora em que tinha de se afastar, até para dar, a ele, "oportunidade para se defender."

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