O ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, foi preso nesta quinta-feira (13/11) durante operação da Polícia Federal (PF) que apura um esquema de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões.
A nova fase da "Operação Sem Desconto", é conduzida pela PF com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e cumpre 63 mandados de busca e apreensão e10 de prisão preventiva e outras medidas cautelares nos estados do Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e no Distrito Federal.
O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou o cumprimento das medidas. Além de Stefanutto, também foi alvo da operação o ex-ministro da Previdência José Carlos Oliveira, que ocupou o cargo durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Também foram alvos de busca e apreensão o deputado federal Euclydes Pettersen (Republicanos-MG) e o deputado estadual Edson Araújo (PSB-MA).
Os investigados são suspeitos de participação em crimes como inserção de dados falsos em sistemas oficiais, organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de ocultação de patrimônio.
Stefanutto foi afastado do comando do INSS e posteriormente exonerado em abril, após virem à tona as suspeitas de irregularidades no órgão.
Em nota, a defesa de Alessandro Stefanutto afirmou que ainda não teve acesso ao teor da decisão judicial e declarou que “segue confiante de que comprovará a inocência dele ao final dos procedimentos relacionados ao caso”.
