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Nesta sexta-feira (4), a Força Aérea Brasileira (FAB) realizou mais uma etapa de interiorização de imigrantes da Venezuela que chegaram ao Brasil por meio da fronteira do país vizinho com o estado de Roraima. Uma aeronave Boeing 767, do Esquadrão Corsário (2º/2º Grupo de Transporte), transportou 233 pessoas de Boa Vista (RR) para as cidades de Manaus (AM) e São Paulo (SP). A partir destas localidades, eles buscam novas oportunidades de vida com sua situação documental regularizada no Brasil.

“Além da atividade aérea, a Força Aérea também participa hoje com a produção de 4,5 mil refeições diárias que são distribuídas nos diversos abrigos aqui na cidade de Boa Vista”, destacou o comandante da Ala 7, Coronel Eric Breviglieri.

O processo de interiorização leva venezuelanos para outras localidades brasileiras através da articulação entre Governo Federal, ONU, municípios e entidades da sociedade civil que se mostram interessados em acolher imigrantes. Ele tem caráter voluntário e, a partir da disponibilidade de vagas, há uma seleção, exames de saúde e regularização de documentos para que os imigrantes sejam abrigados e acompanhados no território nacional. O trabalho é organizado por diversos ministérios e pelas Forças Armadas, contando ainda com o apoio de três agências da ONU: Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), Agência das Nações Unidas para as Migrações (OIM) e Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).

O General de Divisão Eduardo Pazuello, coordenador da força-tarefa humanitária do Governo Federal em Roraima, falou sobre a opção pelo transporte de imigrantes em aeronaves da FAB. “Nós estamos reutilizando um custo específico, porque estamos trazendo o material necessário para a operação e reaproveitando o trajeto de volta para levar as pessoas, então o custo de operação dessa aeronave militar está sendo aproveitado junto à vinda da carga”, explicou o oficial-general.

Segundo dados da Polícia Federal, mais de 90 mil pessoas vindas da Venezuela cruzaram a fronteira com o Brasil no controle migratório de Pacaraima (RR) até abril. Destas, cerca de 45 mil já deixaram o país. De acordo com um estudo da OIM, 65% dos venezuelanos que permaneceram no Brasil têm interesse na estratégia de interiorização, e mais da metade dos cerca de 43 mil que entraram com pedido de refúgio ou residência tem outro país como destino final desejado.

Fonte: FAB

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