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Manaus perdeu, na tarde de quinta-feira, 09/05, Fábio Marques, uma das mais importantes figuras da área cultural do Amazonas, que nas décadas de 1980 e 1990 assinou colunas sociais nos jornais de Manaus, entre eles A Crítica. Fábio também produziu o programa Nosso Encontro, de Baby Rizzato, de 1979 a 1985, numa equipe formada pelo publicitário Heron Rizzato e o jornalista Mário Adolfo.

A morte de Fábio surpreendeu a todos, pois ele era um grade amigo de Luiz Vitalli, que, numa trágica coincidência, também morreu ontem. Após receber a morte de Vitalli, o dramaturgo, Fábio Marques, faleceu. Chegou a publicar a dor pela morte do amigo, na manhã de ontem, em sua página no Facebook.

“Luiz, estou com muita saudade. Foram 38 anos de intensa e leal amizade. Todos os dias, com afeto, carinho, lealdade, cumplicidade. Agora você partiu para ficar longe da minha vida, do meu abraço, dos meus olhos mas para sempre dentro do meu coração. Me espera por aí, qualquer dia desses a gente se encontra, pra correr juntos nos campos do Senhor”, escreveu Fábio Marques na despedida ao amigo.

Ser humano especial

Marques era um ser humano especial. Amava as artes e suas manifestações na música, no teatro, na pintura ou no cinema. Bom caráter, bonachão, com senso de humor e um coração solidário. Ele entrou para o jornalismo como interino, cobrindo espaço quando seus titulares – como o festejado Gil, ou Baby, por exemplo –, saiam de férias.

Depois, no Caderno C e no Vida, passou assinar sua própria coluna. Fábio integrou a equipe de assessores do 1º Rock in Rio, em 1985, integrando equipe de apoio às estrelas do rock, como Fred Mercury.

Fábio também trabalhou na montagem de algumas peças de teatros de Manaus, sempre na produção. “Ele sempre carregava o piano, salvando toda a equipe quando alguma missão falhava. Ele sempre tinha uma saída. Às vezes, Baby Rizzato, em cima da hora para o programa entrar no ar, descobria que um convidado não viria. Era um Deus nos acuda. E aí, no desespero, lá vinha a voz do Fábio.

“Tive uma ideia. Aguenta aí que eu vou dar um telefonema e resolvo”.
E, de fato, resolvia. Depois de décadas na balada e nos embalos de uma  Manaus sem violência, Fábio Marques de repente sumiu das boates, dos bares e das festas em casas de amigos. A quem perguntava, quando raramente o encontrava ele respondia.

“Ando triste. Muita violência, muito mau-caratismo, falta de solidariedade, egoísmo. Prefiro ficar em casa, recolhido”, dizia.

Segundo informou a Secretaria de Estado de Cultura (SEC), o velório de Fábio Marques, aconteceria no mesmo lugar do velório de seu amigo, Luiz Vitalli, no Centro Cultural Palácio Rio Negro, localizado na avenida Sete de Setembro, 1.546, Centro.

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