O deputado estadual e pré-candidato ao governo do Amazonas, Ricardo Nicolau (Solidariedade), afirmou que falta ao atual comando do Estado competência administrativa para diminuir o alto índice de violência e as longas filas para cirurgias, além de gerar ações que promovam a geração de emprego e renda para as pessoas. Para o parlamentar, exemplos vindos da iniciativa privada podem ser aplicados no setor público.
“O que o Amazonas precisa é de competência administrativa. É alguém que conheça de gestão e faça com que os recursos públicos possam chegar na ponta. Esses recursos públicos precisam ter prioridade. E prioridades são aquelas que mais afligem a população. Quando um governo gasta, muitas vezes, R$ 200 milhões com propaganda política. E quando um governo gasta mais de R$ 500 milhões no sistema penitenciário para cuidar de apenas 6 mil presos internos e deixa de investir em saúde, por exemplo”, ressalta.
Ricardo Nicolau, que preside a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), disse que o governo Wilson Lima é um desastre administrativo, deixando os principais problemas da população para último plano.
“A falta de prioridade administrativa causa uma fila quilométrica de pessoas precisando de exames, precisando de consultas, precisando de cirurgias. Quando ele deixa de investir na segurança, o que acontece são crimes bárbaros e uma violência crescente”, afirma.
Mortes violentas
Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2022 colocam o Amazonas como o único estado do Brasil a registrar a maior variação no índice de mortes violentas, chegando a 49%. Mesmo com quase R$ 6 bilhões para a segurança pública, os índices de violência só aumentam assustando a população.
“Todos os dias, vemos na imprensa crimes que resultam em mortes violentas e o nosso estado sendo, mais uma vez, destaque negativo nacional e até internacional”, destaca Ricardo Nicolau.
Saúde na UTI
Só no ano passado, os recursos destinados para a Secretaria de Estado da Saúde (SES-AM), policlínicas, SPAs e hospitais estaduais somaram mais de R$ 3,1 bilhões e, mesmo assim, há problemas graves na saúde.
“A saúde no Amazonas ainda é um caos, infelizmente. Na pandemia, faltou remédios e até oxigênio. Há uma fila enorme para exames e consultas através do Sisreg (Sistema Nacional de Regulação). O Hospital 28 de Agosto atende urgências cardiológicas, mas não tem um equipamento de hemodinâmica. O hospital João Lúcio não tem o aparelho de ressonância para atender os pacientes. Então, é preciso mudar conceitos e tecnologias para elevar a produtividade das unidades de saúde”, finaliza o deputado.