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Faturamento do Polo Industrial de Manaus em 2024 iguala quase que na totalidade o turismo de todo o Brasil

O dado de 2024 reforça o recado: a Zona Franca não é um privilégio regional, mas uma engrenagem poderosa da economia brasileira.

A diferença entre os dois setores é de apenas R$ 2,61 bilhões.

Em um cenário que evidencia a força da indústria amazônica, o Polo Industrial de Manaus (PIM) faturou impressionantes R$ 204,39 bilhões em 2024 — valor que praticamente iguala o desempenho de todo o setor de turismo no Brasil, que movimentou R$ 207 bilhões no mesmo período. A diferença entre os dois setores é de apenas R$ 2,61 bilhões.

Enquanto o turismo brasileiro teve um crescimento de 4,3% em relação a 2023, o PIM registrou uma alta bem mais expressiva: 16,24%, segundo dados divulgados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). O resultado foi impulsionado por setores como eletroeletrônicos, duas rodas, bens de informática e concentrados para bebidas.

O contraste chama atenção. O turismo envolve toda a cadeia de viagens, hotelaria, eventos e gastronomia em um país continental. Já o polo manauara, isolado geograficamente e constantemente ameaçado por propostas de revisão de seus incentivos fiscais, praticamente sustenta o mesmo volume de receita sozinho — e com um diferencial: contribui diretamente para a preservação da floresta amazônica.

Desenvolvimento

Criado há 58 anos, o modelo da Zona Franca de Manaus alia desenvolvimento industrial à conservação ambiental. Ao concentrar empregos e produção dentro da Amazônia, evita a expansão desordenada e o desmatamento, garantindo uma alternativa econômica sustentável para a região.

Informação foi destaque nas redes sociais

Especialistas alertam, no entanto, que é preciso reforçar a proteção ao modelo. “O PIM prova que é possível gerar riqueza dentro da floresta sem destruí-la. Mas, para isso, precisa de segurança jurídica e política”, defende o economista Tomaz Nogueira, ex-superintendente da Suframa.

Recentemente, a reforma tributária protegeu a Zona Franca de Manaus ao garantir, no novo modelo de impostos sobre o consumo (IBS e CBS), a manutenção dos benefícios fiscais e incentivos específicos previstos na Constituição para a região. O texto aprovado assegura que a ZFM continuará tendo tratamento diferenciado, com isenções, reduções de alíquotas e créditos fiscais que preservam sua competitividade frente a outros polos industriais do país.

Essa salvaguarda jurídica foi resultado da articulação da bancada do Amazonas no Congresso e reconhece o papel estratégico da Zona Franca na preservação ambiental e no desenvolvimento sustentável da Amazônia.

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