Não causou surpresa para as pessoas ligadas aos bastidores políticos o pedido de desfiliação de Romero Reis do PSL/AM. Era visível o desconforto do ex-major do Exército e empresário com os rumos que a direção estadual estava tomando.
O primeiro motivo foi a negação da direção em discutir abertamente a sucessão eleitoral de 2020, tentando asfixiar os nomes que se colocassem na disputa, enquanto todos os outros partidos fazem o movimento contrário, apresentando e discutindo projetos com a sociedade.
Ainda que a falta de transparência apontada por alguns filiados também prejudicasse o entrosamento interno, segundo fontes próximas, a gota d’água pela desfiliação foi a postura do presidente regional da legenda, Pablo Oliva, ficando em cima do muro, aproveitando as benesses do uso do fundo eleitoral, alinhando-se com Luciano Bivar, e ao mesmo tempo acenando para o Presidente Bolsonaro.
Ainda que ao seu estilo polido, Romero Reis destacou as razões que o levaram a deixar o partido: “nesse momento é preciso ter 2 coisas: a primeira delas é posição. Cada um tem que consultar a sua consciência e ser fiel ao seu princípio. E o segundo ponto é ter coerência. Por isso, não tenho mais como continuar no PSL. Aqui no Amazonas, o partido se entregou ao Bivar apenas de olho no dinheiro do fundo partidário. Sempre disse que sou contra isso”.
Romero ainda não anunciou para qual partido poderá migrar. Nos bastidores, especula-se que uma posição deve ser anunciada ainda nos próximos dias.