O empresário Flávio Rocha, dono da rede de lojas Riachuelo, é pré-candidato à Presidência da República pelo Partido Republicano Brasileiro (PRB) nas eleições deste ano. Ele é candidato do Movimento Brasil Livre (MBL). O coordenador do MBL, Kim Kataguiri, já declarou apoio ao empresário na corrida eleitoral.
Em fevereiro, o empresário lançou em Nova York, o Movimento Brasil 200 onde ele relata a ideia de encontrar na classe política um candidato que “defenda uma economia liberal, com valores conservadores”. Com uma fortuna avaliada em US$1,3 bilhão, o CEO da Riachuelo ficou em 39° lugar entre os bilionários brasileiros na lista da Forbes.
Ele vem a Manaus no dia 21 de maio. A agenda ainda está sendo fechada pela sua equipe e em breve serão divulgados os eventos dos quais Flávio participará no Amazonas. No Estado, debaterá com empresários sobre o Polo Industrial de Manaus e ouvirá os pleitos da categoria
Mas o empresário não está sozinho. Ele fundou o ‘Brasil 200’ com donos de outras empresas como Alberto Saraiva, proprietário da Habib’s; Antônio Carlos Pipponzi, dono da Raia Drogasil; José Apolinário, da Polishop; entre outras. “Os empresários, depois do governo Fernando Henrique, se distanciaram e delegaram 100% da política para os políticos. Agora, acho que é hora de voltar” defendeu o empresário em uma entrevista ao portal Gazeta do Povo.
A ideia é lançar um candidato em 2022 (ano em que o país completa 200 anos de Independência) ao cargo de presidente. O movimento defende mandado de cinco anos, sem reeleição, e voto com comprovante de papel.
LEIA SOBRE O MOVIMENTO BRASIL 200
QUEM É?
O empresário Flávio Rocha nasceu em Recife, em 1958, mas mudou logo para Natal. Aos 8 anos de idade foi estudar no tradicional colégio Dante Alighieri, em São Paulo, por onde também passaram o atual ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes, o empresário e político Andrea Matarazzo, o conde Chiquinho Scarpa, o jornalista Mino Carta, o médico Roberto Kalil Filho e, como professor, o ex-presidente da República Jânio Quadros, entre outras personalidades.
Formado em administração pela Fundação Getúlio Vargas, Flávio Rocha criou a marca de jeans Pool, produzida pela Guararapes Confecções. Em 1986, decidiu entrar na política concorrendo ao cargo de deputado federal constituinte pelo PFL. Assim que foi eleito, transferiu-se para o PL. Rocha migrou novamente de partido dois anos depois, a convite do então presidente da República Fernando Collor de Melo. Pelo PRN foi eleito o deputado federal mais votado do RN em 1990, com 72.406 votos.
De volta ao PL menos de dois anos depois, votou pelo impeachment de Fernando Collor. Em 1994, depois da frustrada candidatura presidencial, Flávio Rocha mergulhou nas empresas do grupo Guararapes. A política, até então, voltara apenas em forma de especulação. A imprensa vez por outra divulga a possibilidade de Rocha tentar uma candidatura a algum cargo público, seja para o Senado ou até a presidência da República, como em 1994.
Flávio Rocha se viabilizou como um dos principais críticos ao governo Dilma Rousseff e, nos meses que antecederam o impeachment, aumentou o tom. Em uma entrevista, declarou que o afastamento de Dilma recolocaria, já nos primeiros dias, o país novamente nos trilhos.
O CEO voltou a chamar a atenção da mídia ao anunciar, em julho, que a Câmara Municipal de Natal concederia o título de cidadão natalense ao prefeito de São Paulo João Dória Júnior. Os vereadores da Casa nem sabiam que a honraria seria concedida. Na ocasião, o próprio Flávio Rocha recebeu a medalha Frei Miguelinho.
No dia seguinte à solenidade, o proprietário da Riachuelo se lançou, pelo Instagram, como candidato a vice-presidente da República numa chapa com João Dória. Diante da repercussão nacional do post, apagou 50 minutos depois.
CONFIRA ENTREVISTA EM QUE ELE FALA SOBRE A PRÉ-CANDIDATURA: