Os agentes da força-tarefa capturaram nesta quinta-feira, 4, os presos Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33, em Marabá (PA), após quase dois meses de buscas. Os dois haviam conseguido fugir da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, no dia 14 de fevereiro deste ano. Eles são ligados ao Comando Vermelho e tinham sido transferidos ao presídio em 2023, depois de participarem de uma rebelião na penitenciária de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, no Acre.
Em Mossoró, a dupla estava em RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) e tomavam banho de sol por meio de uma luminária dentro das celas individuais, que foi arrancada para que conseguissem fugir.
Durante a fuga, Rogério e Deibson chegaram a invadir pelo menos duas casas e uma fazenda, andaram por uma trilha embaixo da linha de transmissão de energia da região e usaram celulares roubados.
Relembre o caso
De acordo com as investigações, Rogério e Deibson usaram vergalhões retiradas das próprias barras de ferro para arrancar a estrutura metálica da luminária no teto de cada cela, por onde conseguiram escapar.
Uma câmera de segurança do presídio registrou o momento em que os dois fugiram. A Polícia Federal apura se a dupla recebeu ajuda de agentes penitenciários.
Acredita-se que os dois percorreram cerca de 38 quilômetros, sem direção definida e ultrapassaram o raio de 15 km a partir da penitenciária. As buscas ficaram entre as áreas rurais dos municípios de Mossoró e Baraúna.
A operação montada para capturar os dois começou com um contingente de 300 policiais. Depois houve um reforço e o número de agentes das forças de segurança nas buscas chegou a 500.
No dia 19 de fevereiro, o ministro da Justiça e Segurança Pública Ricardo Lewandowski autorizou o uso da Força Nacional para auxiliar na captura dos dois fugitivos. Foram enviados 100 homens e 20 viaturas para a região.
Novas medidas
O Ministério da Justiça e Segurança Pública afirmou que foram tomadas medidas de fortalecimento de segurança nas cinco unidades de presídios federais pelo País (em Mossoró-RN, Brasília-DF, Catanduvas-PR, Campo Grande-MS e Porto Velho-RO).
Há duas investigações em curso por conta da fuga dos criminosos. Uma delas, de caráter administrativo, para apurar as responsabilidades da fuga e que podem levar a um processo administrativo.
Também há um inquérito no âmbito da Polícia Federal para apurar eventuais responsabilidades de natureza criminal das pessoas que, eventualmente, facilitaram a fuga dos dois detentos da penitenciária.