O ativista ambiental Matheus Garcia, coordenador do Projeto Galho Forte e diretor de Inovação e Sustentabilidade da GBR Componentes da Amazônia, denunciou nesta quinta-feira (30/10) uma queimada de grandes proporções registrada na Fazenda Guajara, conhecida como “Fazenda Brasília”, na zona rural do município de Borba, no interior do Amazonas.
O incêndio devastou cerca de 1.500 hectares, o equivalente a 180 Arenas da Amazônia, e deixou a cidade coberta por uma densa camada de fumaça. A poluição atmosférica também atingiu Manaus, que amanheceu sob forte neblina.
De acordo com Matheus, que esteve no local, a situação é mais um reflexo da falta de controle e fiscalização ambiental no estado.
“O que aconteceu em Borba é mais um retrato doloroso da falta de responsabilidade ambiental que ainda persiste no Amazonas. Estamos falando de uma queimada ilegal que devastou uma área equivalente a 180 Arenas da Amazônia e que não pode ser tratada como um simples descuido. É crime ambiental e precisa ser investigado e punido com rigor. Cada hectare queimado representa a perda de vidas, de biodiversidade e de equilíbrio climático. Denunciar e cobrar responsabilidade é um dever de todos: sociedade, autoridades e iniciativa privada. Eu acredito que só com consciência coletiva e ação firme vamos conseguir proteger o que ainda resta da nossa floresta e garantir um futuro sustentável para as próximas gerações”, afirmou.
O Projeto Galho Forte, idealizado pelo deputado federal Amom Mandel (Cidadania-AM), que também esteve presente na região das queimadas, acompanha o caso e defende uma resposta imediata das autoridades. O movimento atua na promoção de mutirões de limpeza, ações de conscientização e combate ao descarte irregular de resíduos, sempre alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente o ODS 13 (Ação Contra a Mudança Global do Clima) e o ODS 15 (Vida Terrestre).
Para Matheus, episódios como o de Borba reforçam a necessidade de políticas públicas que unam desenvolvimento econômico e responsabilidade ambiental.
“A Amazônia não pode continuar pagando o preço da omissão. O que está em jogo não é só a floresta, é o futuro de quem vive nela”, completou.
 
         
       
       
         
       
         
         
     
     
     
     
     
     
    