A chegada do mês de novembro marca o início do período chuvoso na região amazônica e, como consequência, ocorre o aumento de água parada, o principal criadouro para a reprodução do mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, zika e febre chikungunya. É o que alerta a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM).
O Boletim Epidemiológico das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, divulgado nesta quinta-feira (14/11) até outubro de 2019, permanece apresentando queda nos números de casos em duas doenças transmitidas pelo mosquito (dengue e zika) no estado, mas a febre chikugunya apresentou aumento.
Até outubro de 2019, houve redução de 74% nas notificações de zika, com 113 casos esse ano, contra 446 no mesmo período de 2018. A dengue reduziu 10%, com 4.158 casos notificados em 2019, e 4.611 em 2018. A febre chikungunya aumentou 2,3%. Foram 181 casos em 2019, contra 177 notificações no ano passado.
As chuvas demandam mais atenção para eliminação de depósito de água parada, como reforçou a diretora-presidente da FVS-AM, Rosemary Costa Pinto. “As medidas de prevenção voltadas para eliminação de acúmulo de águas devem ser intensificadas e, para isso, a população precisa continuar com as checagens semanais”, explicou.
Rosemary salienta que basta uma checagem semanal no ambiente doméstico ou no trabalho para evitar o risco. “Estamos em plena sazonalidade (período de maior transmissão) da doença, e assim é possível o aumento de casos. Mas isso não é regra: se cada um fizer a sua parte, continuaremos com redução de indicadores e principalmente sem casos graves”, disse.