Manaus já está produzindo energia limpa a partir da captação do gás metano em seu Aterro Sanitário, instalado no Km 19 da AM–010 (estrada que liga a capital ao município de Itacoatiara). O potencial elétrico estimado é de 10 megawatts, que já está sendo captado em forma de gás.
O projeto-piloto, apresentado nesta segunda-feira, 27/5, pelo prefeito Arthur Virgílio Neto, com a instalação de um novo gerador, torna autossuficiente toda a operação do complexo e ainda gera um excedente de 120 kilowatts/hora de energia limpa. Além da produção de energia, a captação de biogás instalada no complexo, continua quebrando o gás metano, 22 vezes mais impactante no efeito estufa que o dióxido de carbono (CO²), obtendo, com isso, mais créditos de carbono para a Prefeitura de Manaus.
“Isso aqui é motivo de muita comemoração. O gás excedente já está gerando crédito de carbono e há uma possibilidade imensa de se trabalhar esse projeto como fonte de empresas, de emprego, de renda, fonte de energia limpa”, disse o prefeito. “Essa questão do gás é revolucionária. É uma inovação, é muito forte”, afirmou, destacando que o aterro, por suas condições atuais, torna-se agora um dos maiores em geração de energia limpa no país.
Para se ter uma compreensão da potencialidade de produção de energia limpa, pelas tubulações da usina de biogás correm, aproximadamente, 6 mil metros cúbicos por hora e para a geração atual, são utilizados apenas 150 metros cúbicos por hora. De acordo com técnicos do projeto, o potencial de energia da usina de biogás do Aterro Sanitário seria suficiente para abastecer um quarto da estrutura predial de toda a Prefeitura de Manaus.
Mantido pela Prefeitura de Manaus desde 2008 e essencial para o meio ambiente, a queima limpa de gases de efeito estufa, feita no Aterro Sanitário, elimina 40 mil toneladas de biogás (metano CH4 e CO2) por mês, gerando créditos de carbono ao município.