Na terça-feira (8), o Ministro da Saúde Eduardo Pazuello se reuniu com governadores de Estados para discutirem um possível plano nacional de vacinação contra a Covid-19. As informações são do Notícias ao Minuto.
Durante a conversa, o ministro do governo Bolsonaro destacou que, sem informar data, o país poderá começar a vacinar a população em breve, ao invés de março (como divulgado pelo presidente nas redes sociais) pois na lei há um dispositivo que liberaria o uso de vacinas que forem liberadas por agências de saúde estrangeiras e o prazo seria de 72 horas com aval da ANVISA. O que agilizaria o precesso da entrada de imunizantes no país e sua aplicação na população.
Porém, um detalhe chamou a atenção, uma vez que a Coronavac, do Instituto Butantan com a Sinovac, está sendo produzida no Brasil e o prazo para liberação normal pela ANVISA é de até 60 dias.
Nas redes sociais, a reunião do ministro com governadores foi o assunto mais comentado, uma vez que durante as falas, Pazuello afirmou para o governador de São Paulo, João Doria, que somente comprará a Coronavac após liberação da ANVISA e "se houver demanda".
No entanto, o argumento não caiu muito bem entre os internautas: "Então só por que São Paulo já tem tudo pronto e vai começar imunizar a população, o governo Bolsonaro passará a 'liberação' de outras vacinas em 72 horas e a Coronavac que já está pronta só 60 dias?", "A Coronavac é mais barata, vem com seringa, mas o governo brasileiro quer a vacina mais cara e nem tem seringa e agulha para aplicação. É burrice que chama?" e "Não é possível que por disputa política, o governo vai se fazer de orgulhoso e deixar a Coronavac de lado??? É um absurdo contra a população", foram alguns comentários no Twitter, onde o assunto foi o mais comentado.
Vale lembrar que a Coronavac já é utilizada de formal emergencial na China, onde já imunizaram mais de 1 milhão de pessoas. Além disso, a Turquia e Chile já anunciaram a compra da Coronavac. A Indonésia informou que começará imunizar sua população com a Coronavac nos próximos dias.
Na Indonésia, os estudos com a Coronavac mostraram que foram criados anticorpos em 97% dos imunizados (maior números entre vacinas de outros laboratórios), mas a eficácia ainda não está determinada.
Os estudos de fase 1 e 2 da Coronavac já foram divulgados e agora falta somente os estudos de fase 3 para uma possível aprovação no Brasil pela ANVISA. O Instituto Butantan informou que os dados serão divulgados até o dia 15 de dezembro.