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Governo federal cria grupo para discutir licenciamento da BR-319

A BR-319 é apontada pelo Ministério dos Transportes como a "única ligação rodoviária entre Manaus (AM) e o resto do país"

Boa parte dela, em especial do "trecho do meio", não é pavimentada

O Ministério dos Transportes criou um grupo de de trabalho (GT) para avaliar a viabilidade do licenciamento da BR-319/AM, apontada pela pasta como a "única ligação rodoviária entre Manaus (AM) e o resto do país". A iniciativa foi publicada em portaria no Diário Oficial da União, nesta sexta-feira (17).

De acordo com o ministério, a BR-319 tem extensão de 918 quilômetros que ligam Manaus a Porto Velho. Boa parte dela, em especial do "trecho do meio", não é pavimentada.

O grupo da BR-319 terá as seguintes competências: "realizar de um levantamento sobre a situação atual da BR-319, com foco na identificação de desafios para a otimização rodoviária; analisar estudos técnicos e científicos, projetos e relatórios produzidos por outros grupos que já tenham tratado do tema; em 2008, grupo de trabalho do Ministério do Meio Ambiente debateu diretrizes e acompanhou o licenciamento ambiental da BR-319; propor medidas, inclusive normativas, para a melhoria da infraestrutura da BR-319, tendo em vista a sustentabilidade, a segurança viária e a mitigação de impactos ambientais e de mudanças do clima".

“Vamos nos debruçar sobre esse trabalho, avaliar as melhores práticas, avaliar tudo aquilo que, de uma maneira ou de outra, pode colaborar com a definição de uma estratégia”, afirmou o subsecretário de Sustentabilidade do Ministério dos Transportes, Cloves Benevides, por meio de nota.

O grupo de trabalho da BR-319 terá a representação de secretarias do ministério e de entidades vinculadas, com possibilidade de consultar "outros atores governamentais e de entidades públicas e privadas".

Meio ambiente

A BR-319 é criticada por ambientalistas que a consideram um vetor do desmatamento da Amazônia. Eles avaliam que, ao atravessar parte da floresta intocada, a rodovia permite a abertura de estradas vicinais com novas frentes de desmatamento. Estas pequenas vias favorecem a ação ilegal de madeireiros, mineradores, grilagem de terra, entre outras atividades ilícitas.

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