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Grupo é preso enquanto aguardava carregamento de 400kg de cocaína

O colombiano Edinson Manuel Chacon, 38, apontado como um dos homens da contabilidade da facção criminosa Família do Norte (FDN) e ligado aos chefões do grupo, foi preso com mais três homens durante ação da Polícia Civil no KM 12 da AM-353.

A Polícia Civil do Estado, representada pelo delegado-geral, Mariolino Brito; delegado-geral adjunto, Antonio Chicre Neto; e o diretor do Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc), delegado Paulo Mavignier, falaram sobre a ação conjunta, deflagrada na madrugada de terça-feira (7), que resultou nas prisões e apreensões.

Carregamento
Conforme Mavignier, que coordenou a ação conjunta, iniciada por volta de 1h30, em um sítio no rodovia estadual que liga Manaus a Novo Airão (distante 115 quilômetros de Manaus), as investigações em torno do caso tiveram início há 2 semanas, após informações de um possível carregamento de entorpecentes.

Foram presos, além de Chacon, Dilson Gomes Miranda, 27, Ysmalem Deivid Marques Sombra, 33, e o colombiano Fabian Castro Benitez, 46. O trabalho teve apoio do Grupo Força Especial de Resgate e Assalto (Fera) e servidores que atuam na Secretaria-Executiva-Adjunta de Inteligência (Seai), vinculada à Secretaria de Estado de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM).

Fotos: Erlon Rodrigues/ PC-AM

“Após termos conhecimento sobre a localização do sítio, montamos campana no local antes da chegada de Edinson e de Fabian. Quando a dupla apareceu no lugar, foi surpreendida pelas equipes policiais. Os homens confirmaram que estavam aguardando o carregamento de drogas. No momento em que surgiu uma lancha, onde estavam três homens, incluindo Dilson e Ysmalem, acabou ocorrendo um confronto, onde dois investigadores lotados no Denarc acabaram feridos”, disse Mavignier.

Tiroteio
O diretor do Denarc relatou que após Dilson e Ysmalem deixarem o barco e serem abordados pelos policiais, o terceiro indivíduo, até o momento não identificado, que estava na embarcação, deu início aos disparos em direção às equipes policiais, que acabaram revidando à ação.

“Uma granada que estava na embarcação acabou explodindo, provocando um incêndio na lancha dos infratores, queimando parte do material ilícito, incluindo duas armas de grosso calibre e de uso restrito, sendo um fuzil M16 de origem militar e um fuzil automático FN FAL 762, utilizado pelas Forças Armadas, que são considerados calibres de guerra”, enfatizou o diretor do Denarc.

Feridos
Mavignier afirmou que os dois investigadores atingidos no confronto, sendo um alvejado na perna e o segundo com estilhaços de chumbo no braço, receberem atendimento médico e não correm risco de morte. Mariolino Brito destacou a importância da atuação, de forma integrada, das Forças de Segurança no combate à criminalidade no Estado.

“As Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e demais órgãos que compõem a SSP-AM estão empenhados em proteger a sociedade e tirar esses infratores de circulação. Esse é um trabalho de investigação que a nossa inteligência estava investigando. Apesar da troca de tiros, os nossos policiais civis foram assistidos e estão se recuperando bem”, argumentou Brito.

Tráfico e armas
Dilson, Edinson, Fabian e Ysmalem foram autuados em flagrante por tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.

O terceiro indivíduo que estava na embarcação, até o momento não identificado, não foi encontrado até o momento. Além desses crimes mencionados anteriormente, ele poderá responder, ainda, por tentativa de homicídio.

Ao término dos procedimentos cabíveis na base do Denarc, nas dependências da Delegacia Geral, os infratores serão levados para a Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Manacapuru, que funciona como unidade prisional naquele município, onde irão permanecer à disposição da Justiça.

 

Histórico
Chacon foi preso ano passado, em novembro, por uma equipe do 23° Distrito Integrado de Polícia (DIP), sob comando do então delegado titular Cícero Túlio.

Ele foi detido com drogas e documento falso. Na época, o colombiano mantinha conversas e ligações com diversos integrantes da FDN, buscando melhorar os lucros de uma das maiores facções criminosas do Brasil.

Conversas trocadas pelo aplicativo WhatsApp mostraram que o colombiano movimentava grande quantias de dinheiro decorrentes do tráfico de drogas para a facção.

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