Do Portal Toda Hora
Atendendo a pedido do Ministério Público do Amazonas, uma advogada e mais quatro pessoas permanecem presas desde ontem, 06/08, em Manaus, acusadas de diversos crimes cometidos no Município de Manaquiri. O pedido de prisão preventiva foi feito pela Promotora de Justiça Karla Cristina da Silva Sousa no dia 31/07, incluindo, também, pedido de busca e apreensão de aparelhos celulares, bem como de quebra de sigilo telefônico, que foram prontamente atendidos pela Justiça. Cleuder Batista Menezes, Milena Cordeiro, Marcus Augusto Cordeiro e Marivaldo Cordeiro, liderados pela advogada Camila Cordeiro Batista, são acusados dos crimes de organização criminosa, extorsão, usurpação de função pública, uso de documento falso, ameaça e desacato.
Segundo a Promotora de Justiça, a condição de advogada, ostentada pela líder do grupo, não é impedimento para a decretação da prisão preventiva em razão da gravidade dos delitos evidenciados no pedido de prisão e do fato de ela se utilizar da função para garantir a eficácia dos crimes.
"Os delitos praticados são de extrema gravidade, principalmente, a extorsão praticada com uso de armas de fogo, cuja pena é reclusão de 4 a 10 anos, aumentada de um terço à metade pelo uso das armas. A ordem pública claramente se encontra abalada com a conduta dos envolvidos, restando evidente que a mera aplicação de medidas cautelares diversas da prisão não se mostra suficiente ante o evidente temor de que eles interfiram no andamento das investigações", registra a Promotora de Justiça.
O crime foi cometido no último dia 25/07, sábado, por volta das 10h, contra uma moradora da comunidade Nossa Senhora Aparecida, no Lago do Janauacá, em Manaquiri. Na abordagem, a advogada apresentou à vítima um 'Mandado de Intimação para Desocupação e Reintegração de Posse, afirmando estar acompanhada de Oficial de Justiça e com apoio da Polícia Civil, para dar cumprimento à decisão no prazo de duas horas. A filha da vítima registrou imagens da reintegração forjada pelo grupo, que estava armado e fazia ameaças à vítima.
A vítima procurou a Polícia, que averiguou os fatos junto ao Fórum de Justiça de Manaquiri e constatou a fraude. Na casa ilegalmente ocupada, o grupo se recusou a colaborar com a equipe policial, desautorizando a realização de busca e apreensão no local, o que levou o Delegado a instaurar inquérito. "Assim que o Ministério Público tomou conhecimento do caso, imediatamente, requeri a prisão preventiva dos cinco envolvidos, mais busca e apreensão dos aparelhos telefônicos, a fim de verificar a existência de provas constantes nos aparelhos que indicassem se aquela prática era recorrente ou era a primeira vez que aquela quadrilha agia", informou Karla Cristina da Silva Sousa.