Antônio Márcio Silva de Castro, de 52 anos, foi preso nesta quinta-feira (12/06), em Manaus. Ele é apontado como autor do assassinato da ex-companheira Manuella Sabrina Barros Queirós, de 23 anos, e do atual namorado dela, Victor Hugo de Oliveira Flores, de 27. O crime, motivado por ciúmes e ódio, ocorreu no último domingo (08/06), em uma quitenete no bairro Novo Aleixo, zona Norte da capital, e foi presenciado pela filha de 4 anos do casal. A matéria é do TH.
Segundo a delegada Marília Campello, coordenadora do Núcleo de Combate ao Feminicídio (NCF) da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), o acusado compareceu à delegacia com uma das pernas machucadas. Ele teria tentado esconder a arma do crime dentro de uma caixa d’água, momento em que se machucou, fraturou a perna e se apresentou à polícia antes do atendimento médico.
As investigações apontam que o assassinato foi premeditado: "Antônio Márcio não aceitava o fim do relacionamento com Manuella, que havia iniciado um novo namoro com Victor Hugo. Inconformado, o Antônio foi até a casa onde a jovem vivia com o novo companheiro, e efetuou diversos disparos de arma de fogo contra as vítimas", explicou a delegada.
Victor Hugo morreu no local, enquanto Manuella foi socorrida e levada ao Hospital e Pronto-Socorro Platão Araújo, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.
A delegada Campello classificou o ocorrido como "um crime de ódio, cometido com frieza e na presença da própria filha, o que agrava ainda mais a brutalidade do ato”.
Antônio Márcio foi ouvido pela polícia e, além do feminicídio e homicídio qualificado, agora irá responder também por posse ilegal de arma de fogo. Ele deverá passar por audiência de custódia ainda nesta quinta, no Fórum Ministro Henoch Reis.
Revolta dos familiares
Após o crime, Antônio Márcio fugiu e passou a ser procurado pelas autoridades. Na quarta-feira (11/06), a Polícia Civil (PC-AM) havia divulgado sua imagem e o incluído na lista de foragidos. Ao se apresentar na sede da DEHS na manhã de hoje, o homem foi hostilizado por familiares das vítimas.
A chegada de Antônio à unidade policial iniciou um princípio de tumulto. Familiares do casal assassinado, que aguardavam do lado de fora da delegacia, tentaram agredir o suspeito, gritando palavras como “assassino” e “covarde”.
Durante a condução de Antônio para exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), familiares das vítimas tentaram agredi-lo novamente. Os homens foram contidos por investigadores para impedir que avançassem sobre Antônio.
Histórico de violência
As investigações da DEHS revelaram que Antônio Márcio já possuía um histórico de violência doméstica. Em 2023, Manuella chegou a denunciar o ex-companheiro por ameaças de morte e solicitou medidas protetivas. No entanto, meses depois, ela própria pediu a revogação das ordens judiciais, durante o processo judicial.
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Redação BMA
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