Com o propósito de melhorar o atendimento nas unidades hospitalares, o Governo do Amazonas, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), iniciou nesta sexta-feira (05/02) a aplicação de um protocolo que possibilitará o uso mais direcionado e consciente do oxigênio utilizado pelos pacientes acometidos pela Covid-19. A medida iniciou no Hospital e Pronto-Socorro (HPS) 28 de Agosto, referência estadual no tratamento da doença.
O protocolo a ser aplicado foi repassado por engenheiros clínicos do BID à direção da unidade e às equipes de enfermagem do hospital. Os especialistas estão em Manaus realizando um diagnóstico da situação do consumo de oxigênio no Amazonas, tendo já percorrido dez unidades de saúde, entre grandes hospitais e Serviços de Pronto Atendimento (SPA).
A técnica, conforme explica o engenheiro clínico do BID, Ricardo Reis, segue o protocolo da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) e é um dos dez itens em forma de recomendação apresentados ao Governo do Estado.
“Nós vamos agora viabilizar, com a equipe multiprofissional, uma forma de aplicar esse protocolo em um determinado setor para vermos a adesão e o desfecho clínico do paciente. O protocolo é muito simples. Você oferta o oxigênio dentro de uma prescrição protocolada, e mede-se a oximetria do paciente. Dentro de limites estabelecidos, o paciente melhora ou não melhora, e aí se segue o fluxo do protocolo”, resumiu o especialista.
O gerente de Urgência e Emergência da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), João Paulo Lima, explica que o 28 de Agosto será o primeiro a ter o protocolo executado, tendo em vista a quantidade de pacientes internados. Ele acredita que a técnica permitirá um melhor diagnóstico clínico dos pacientes, resultando no atendimento contínuo e mais intenso.
“A gente consegue observar melhor de forma contínua esses pacientes em nossas enfermarias, em nossas salas de observação. Com isso vamos melhorar o uso consciente do oxigênio, fazendo com que a enfermagem, a medicina, a fisioterapia da unidade enxerguem a saturação de oxigênio de forma mais plena, mais rápida. Isso faz com que a gente consiga usar o oxigênio de uma forma medicinal e não de forma empírica”, destacou o gerente.