O Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), inaugurou, nesta terça-feira (17), um Centro de Saúde Digital. O trabalho irá facilitar o acesso aos serviços de saúde em áreas remotas e colaborar para a formação de novos profissionais no estado, com ênfase na inclusão de populações vulneráveis, especialmente as comunidades indígenas e ribeirinhas. A expectativa é de que o novo centro realize 320 teleconsultas por mês
O novo espaço abrigará ações que já estão em andamento na instituição, como o Projeto de Telessaúde do HUGV-Ufam/Ebserh, que começou em junho deste ano. “Nosso centro concilia vários projetos voltados para a telessaúde, abrangendo populações que vivem no interior do Amazonas. Ele integra, ainda, a UNA-SUS, que é a Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde, monitorando e especializando quase dois mil médicos da região”, destacou Juscimar Carneiro, superintendente do HUGV-Ufam/Ebserh e coordenador da iniciativa.
As ofertas serão ampliadas nas áreas de cardiologia, endocrinologia e pediatria, permitindo que pacientes de áreas remotas tenham acesso a especialistas. “Este ambiente irá contribuir para reduzir custos com remoções e proporcionar satisfação aos pacientes que receberão atendimento em suas próprias localidades”, afirmou Pedro Elias, chefe da Unidade de E-saúde do HUGV.
Para a vice-reitora da Ufam, Therezinha Fraxe, que representou o reitor Sylvio Puga na solenidade, a inauguração do Centro de Saúde Digital busca garantir que o maior número possível de pessoas da região receba atendimento pelo SUS. “O Amazonas é um estado que, pelas suas dimensões, é maior que muitos países da Europa, como Portugal, por exemplo. Por isso, estamos nos esforçando para que o HUGV atenda cada vez mais os povos da floresta. É um projeto histórico em nossa instituição”, ressaltou.
Segundo Francisco Campos, assessor da UNA-SUS, a parceria com o HUGV pode servir como modelo para outras iniciativas no Brasil. “A inclusão de um hospital universitário na telessaúde é essencial para fortalecer a atenção em áreas remotas, onde o acesso a serviços de saúde é limitado, além de promover a formação de profissionais para entender as particularidades das comunidades locais”, disse. “Projetos como esse têm o potencial de transformar a realidade da saúde pública, garantindo que mais pessoas recebam cuidados adequados, independentemente de onde vivam”, complementou.
Atendimento
Para acessar os serviços do Centro de Saúde Digital, os pacientes devem ser encaminhados pelas unidades básicas de saúde, Casas de Saúde Indígenas (Casais) e polos-base dos municípios do interior do Amazonas. Todos os casos serão acompanhados pelos médicos da atenção primária das áreas remotas do estado.