A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) investiga o estupro coletivo de uma adolescente indígena de 12 anos, da etnia Kulina, ocorrido na comunidade Mapiranga, no município de Juruá (a 674 quilômetros de Manaus). A matéria é do TH.
De acordo com o delegado Paulo Mavignier, diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), o crime foi cometido por jovens da mesma etnia da vítima e filmado pelos agressores. O delegado descreveu a brutalidade das imagens:
“As imagens são tão fortes que eu, como policial e como pai, fiquei extremamente abalado e revoltado. O que foi feito com essa criança é inaceitável. É uma afronta à dignidade humana”, afirmou o delegado nas redes sociais.
"Eles filmaram e, enquanto a vítima gritava implorando por socorro, eles riam. As imagens são tão fortes que eu, como policial e como pai, fiquei extremamente abalado e revoltado. O que foi feito com essa criança é inaceitável. É uma afronta à dignidade humana”, ressaltou Paulo Mavignier.
O Conselho Tutelar de Juruá recebeu a denúncia nessa terça-feira (25/11) e acionou as autoridades. Oito adolescentes indígenas são apontados como suspeitos.
Uma força-tarefa composta por Polícia Civil, Polícia Militar, Guarda Municipal, Conselho Tutelar e Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) foi deslocada para a região para resgatar a vítima, coletar provas e prender os envolvidos.
As autoridades fizeram um apelo urgente para que a população não compartilhe o vídeo do crime, lembrando que a divulgação do material configura crime.
“Eu quero deixar algo muito claro para toda a população, inclusive para as comunidades indígenas. A nossa posição é de zero tolerância à violência contra mulheres e crianças, seja na cidade, zona rural ou em territórios indígenas. Tradição nenhuma justifica abuso. Isso é desumano, isso é anibalesco e não será tolerado por nós. Vamos fazer tudo o que for preciso para fazer justiça por essa criança”, pediu Mavignier.