O influencer Agenor Tupinambá, 23 anos, esteve na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) e discursou sobre a permanência da capivara Filó, no município de Autazes (113 km de Manaus). Agenor usou as redes sociais para mostrar a rotina da capivara, em seu habitat natural, depois de ser resgatada após perder a mãe, ainda quando filhote.
O discurso foi feito durante cessão de tempo concedido pela deputada estadual Joana Darc (UB). De acordo com a parlamentar, após viagem a Autazes, foi confirmado que não procedem as alegações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama) e, ainda, das pessoas que não conhecem a realidade do Amazonas, pois Agenor e sua família moram numa casa flutuante e a capivara Filó vive solta, sem estar em cativeiro ou cela.
“Não se trata de apenas defender um animal, mas também de defender um cidadão de Autazes, uma pessoa que cuida e ama os animais. Estive no município e pude ver a realidade da família do Agenor, este jovem que está sendo multado em R$ 17 mil, ele sofre esse desrespeito e sendo perseguido”, disse Joana.
Joana ressaltou a importância de lutar pela causa animal em todo o Amazonas, e pediu respeito pela garantia do bem-estar aos animais, sejam silvestres ou domésticos. Além disso, a parlamentar ainda pontuou a falta de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama) aos pontos turísticos da cidade
“Infelizmente, o Agenor está sendo tratado como criminoso pelo Ibama, que é um órgão que deveria fiscalizar aqueles que cometem crimes, verdadeiramente, com o meio ambiente. Só que, ao invés disso, preferem perseguir um jovem pelo simples fato de conviver harmoniosamente com os animais no município onde vive, e principalmente com a capivara Filó”, sustentou.
Respeito pela cultura dos ribeirinhos
Para Agenor Tupinambá, as pessoas de fora não conhecem a vivência e a cultura daqueles que moram no interior do Amazonas, principalmente os ribeirinhos, que vivem nas proximidades dos rios, como é o caso de Agenor e sua família.
O estudante de agronomia ainda se defende das acusações de que estava ganhando dinheiro com os vídeos de Filó e demais animais nas redes, por meio da monetização, o que nunca aconteceu.
“Quando decidi mostrar a cultura amazonense para o mundo, não esperava sofrer com isso. Não falo somente por mim, falo pela cultura do interior, pois vivemos em contato direto com os animais, dividimos o mesmo espaço. Hoje estou impedido de fazer isso, de mostrar a minha realidade, dessa convivência. Nunca monetizei nenhum vídeo, nunca ganhei dinheiro com as imagens dos animais”, defendeu.