As internações no Amazonas de pessoas infectadas pelo novo coronavírus subiram 43,9% segundo dados de monitoramento da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM) - saiu de 57 pessoas em unidades hospitalares entre 20/09 e 10/10 para 82 entre 11/10 e 31/10. Com isso, o governador Wilson Lima (PSC) deverá ser orientado a interromper o processo de abertura das atividades econômicas do estado, ou, ao menos, alertar a população sobre o que está acontecendo.
Há dez dias, o Governo do Amazonas havia informado que entre os 45 pacientes internados com Covid-19 em hospitais de Manaus àquela altura, 62,2% não haviam tomado nenhuma dose de vacina. Dos 26 que estavam em leito de UTI, 84,6% não estavam vacinados ou estão com o esquema vacinal incompleto. Só em Manaus, o número de pessoas que não se vacinou com nenhuma é de aproximadamente 200 mil.
"A efetividade máxima da vacina no nível populacional jamais será atingida no Amazonas, pois muita gente está sem vacina ou parcialmente protegida. Morrerão principalmente não vacinados ou parcialmente vacinados, mas também uma pequena parte daqueles com esquema completo, pois não existe vacina perfeita e eles acabarão pagando pela insensatez dos demais", avalia o epidemiologista da FIOCRUZ/Amazônia, Jesem Orellana.
O comitê de crise da Secretaria de Estado da Saúde (SES), que orienta o governador sobre as flexibilizações, está preocupado com o crescimento das internações.
A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) divulgou há cinco dias um 'Comunicado de Risco' notificando os municípios sobre a predominância no estado de 89% dos casos de Covid-19 pela Variant Delta (B.1.617) do novo coronavírus (Sars-CoV-2).
“Os números mostram um claro aumento da frequência de Delta no Amazonas, que passou a ser dominante, substituindo a linhagem Gama (P1), em aproximadamente dois meses desde a sua primeira detecção no estado, na data de 21 de julho”, destacou o coordenador da Vigilância Genômica do laboratório de referência da Fiocruz Amazônia, Felipe Naveca.
O alerta está ligado.