Na manhã desta segunda-feira (5), investigadores e escrivães da Polícia Civil protestaram em frente à Sede do Governo, na avenida Brasil, no bairro Compensa, zona Oeste da capital. Segundo o Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil do Estado do Amazonas (Sinpol-AM), a disparidade entre os salários deles para os peritos do Instituto de Polícia Técnico e Científica (IPTC), que foram reajustados em fevereiro, ficou muito grande. Em alguns casos, mesmo os profissionais pertencendo à mesma classe, a diferença chega a ser mais do que o dobro.
“Temos 150 policiais aqui neste momento. Nós queremos a retomada da Lei que estabeleceu a diferença de 10% de salário no ano de 2014. Esse ano, sem consultar os escrivães e investigadores, de forma tácita, revogou a lei e elevou o salário dos peritos. Nós, escrivães e investigadores, estamos ganhando menos, quebrando dessa forma a Lei”, disse Odirley Araújo, vice-presidente do sindicato.
De acordo com um investigador de terceira classe, não há motivos para tanta disparidade de ganhos, até porque todos os cargos exigem nível superior. “Ainda que exista a especificidade dos peritos, não deve haver tanta desigualdade e nada justifica isso. Não queremos nos equiparar a eles, queremos apenas a valorização dos profissionais e que o percentual de diferença seja diminuído, já que as atividades essenciais são feitas por investigadores e escrivães”, explica.
O GOVERNO
De acordo o governador Amazonino Mendes, que chegou a conversar com os manifestantes, o Governo do Estado está estudando a inclusão dos policiais civis em dois novos projetos que deverão ser iniciados pelo novo governo: o seguro de vida e atendimento médico em uma nova unidade hospitalar. “Nós temos de fazer uma parceria com vocês. Eu estou bolando um hospital, que é para a Polícia Militar, e mandei incluir a Polícia Civil. É um hospital para cuidar de vocês. Eu estou pensando em seguro. O policial vai para a rua, morre e a família fica desamparada”, disse Mendes.
Sobre os salários, os pleitos devem ser estudados.
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