Parceiro das Nações Unidas no acolhimento de refugiados e migrantes venezuelanos no Brasil, o Consulado-Geral do Japão anunciou a ampliação dos esforços para proteger e assistir a população refugiada em Manaus. As informações são do G1. Por meio de uma articulação da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) no Brasil com entidades locais, o governo japonês doará à Cáritas Arquidiocesana de Manaus cerca de R$ 445 mil (US$ 121.734,00) para a reforma e ampliação da Casa do Migrante Beato João Scalabrini, localizada no bairro Santo Antônio, Zona Oeste da cidade.
O anúncio foi feito na sede da Cáritas pela cônsul-geral do japão Hitomi Sekiguchi. Estiveram na solenidade a chefe da unidade de Manaus do ACNUR, Catalina Sampaio, o vice-presidente da Cáritas, Pe. Alcimar Araújo, a secretária executiva adjunta de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (SEJUSC), Edmara Cambaúva e o coordenador da Casa do Migrante, Valdecir Molinari.
“O Japão tem um histórico de ser bem acolhido no Brasil, e queremos apoiar o acolhimento brasileiro aos refugiados venezuelanos, proporcionando melhorias em suas condições de estada. É um compromisso do povo japonês com os brasileiros e com a população da Venezuela”, ressaltou a Cônsul-geral do Japão, Hitomi Sekiguchi.
O novo projeto da casa foi desenhado pelo ACNUR e segue padrões internacionais de abrigamento, prevendo novos dormitórios, reforma e adequação da cozinha e refeitório, além da construção de espaços para atendimento a casos de proteção de pessoas em situação de vulnerabilidade.
O abrigo também será adaptado para fornecer acessibilidade aos perfis mais vulneráveis, como pessoas com necessidades específicas.
“O trabalho do ACNUR no Brasil busca fortalecer e apoiar a rede local para acolhida de pessoas refugiadas e migrantes. A reforma do abrigo Santo Antônio vai garantir apoio emergencial e de proteção para quem foi forçado a deixar a Venezuela, e também para refugiados de outras nacionalidades que precisam de apoio, como colombianos, haitianos e cubanos, algo que sempre foi papel histórico da casa”, explica a chefe do escritório do ACNUR em Manaus, Catalina Sampaio.
Quando concluída, a casa contará com dormitórios familiares, que propiciarão às famílias não se separarem na chegada a Manaus. Além disso, painéis solares captarão energia que ajudará a reduzir o consumo e despesas de energia no dia-a-dia.
Para o vice-presidente da Cáritas, Pe. Alcimar Araújo, a construção vem melhorar a estrutura de acolhimento, e amenizar os desafios dos refugiados na cidade. “A Cáritas recebeu esse desafio com muita responsabilidade, pois entendemos que é o momento de estendermos às mãos aqueles que tanto precisam. A reforma vem em boa hora, e vamos nos mobilizar para que as obras iniciem o mais rápido e tragam impacto o quanto antes”, destacou.