O jornalista Alex Mendes Braga, que já estava sob uso de tornozeleira eletrônica por acusação de estupro, foi detido na madrugada desta quarta-feira (28/05) pela Polícia Militar do Amazonas (PMAM) por embriaguez ao volante. A prisão ocorreu na Avenida Coronel Teixeira, no bairro Ponta Negra, quando Braga dirigia um veículo, modelo Audi, e foi abordado por agentes do Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM). A matéria é do TH.
De acordo com o Boletim de Ocorrência, o jornalista estava visivelmente embriagado e cambaleando: "Ele tinha olhos vermelhos, com forte odor etílico, fala descompassada e muito irônico com o atendimento da guarnição do Detran-AM".
Na delegacia, Alex Braga optou por permanecer em silêncio, na companhia de um advogado. O jornalista ainda se recusou a fazer o teste de alcoolemia, sendo lavrado um Termo de Sinais de Alterações de Capacidade Psicomotora.
Apesar do flagrante, ele foi liberado logo após os trâmites legais e o veículo que dirigia foi removido para o parqueamento do Detran-AM.
Repercussão
O caso repercutiu na sessão plenária da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) desta quarta. A deputada estadual Alessandra Campêlo (Podemos) falou sobre o assunto:
"Pela segunda vez em menos de um ano, esse meliante, que já responde a dezenas de processos e frequentemente usa seu portal e redes sociais para atacar deputados, foi preso em flagrante por estar dirigindo alcoolizado. "Há imagens dele alterado e discutindo com policiais. Ele ameaçou os agentes dizendo que ia publicar nas redes sociais sofrer mais perseguição política", denunciou.
A parlamentares acusou o jornalista de espalhar desinformação. "Esse cidadão recebe dinheiro para plantar fake news sobre alguns políticos amazonenses. Eu mesmo já ganhei alguns processo contra ele, por ofensas, calúnias e injúrias. Alex Braga é um desserviço para nossa sociedade, e eu espero que a justiça seja feita nesse caso, e nos outros em que ele está envolvido, como por exemplo o de estupro", declarou.
Histórico
As palavras da deputada fazem referência direta à denúncia formalizada pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM) contra Alex Braga no início de maio. A acusação envolve crimes de estupro, indução ao aborto sem o consentimento da gestante e violência psicológica contra a prima de sua ex-esposa. A denúncia foi assinada pelo promotor de Justiça Marcelo Bitarães de Souza Barros.
A denúncia esclarece que a investigação foi iniciada quando a vítima, após engravidar devido ao estupro, procurou Braga para informar sobre a gestação. Ela teria sido submetida a uma série de pressões psicológicas e coerções para que interrompesse a gravidez. O objetivo do jornalista, conforme aponta o MP, era evitar que sua esposa descobrisse tanto a infidelidade quanto o crime.
Elementos adicionais anexados ao processo incluem áudios de conversas em que o jornalista demonstra desespero diante da possibilidade da denúncia: “O próprio depoimento de Braga, expresso em suas falas, revela que sua principal motivação para forçar o aborto foi ocultar os crimes e evitar as consequências sociais do ocorrido”, narra um trecho do documento apresentado pelo MPAM.