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Um jovem identificado como Clayton Oliveira denunciou na tarde desta quinta-feira (13), por meio do Instagram, que foi agredido por um motorista de aplicativo da empresa 99. Segundo, ele, o fato teria ocorrido por volta das 21h da última quarta-feira (12), durante uma corrida iniciada no bairro Alvorada, na Zona Centro-Oeste de Manaus. Ele diz que foi espancado por ser homossexual. As informações são do Portal Em Tempo.

Segundo a postagem, após entrar no veículo, Clayton colocou as coisas que carregava no banco traseiro e sentou no banco do passageiro. No meio do caminho, o motorista teria perguntado se ele era homossexual e, ao responder que sim, levou um soco do homem - que disse ter ódio dos gays.

"Eu disse que sim e então comecei a ser espancado, levando socos e gritos de que 'viado' precisa morrer. Ele disse que eu precisava disso e eu só sairia de lá depois de morto. Eu realmente fiquei sem reação, comecei a ficar ensanguentado e perguntando o porquê de aquilo estar acontecendo comigo. Sem mais forças, consegui puxar uma das minhas bolsas, onde estavam alguns documentos e pulei do carro. Fiz isso com o veículo em alta velocidade: ou era isso ou eu estaria morto", relatou Clayton nas redes sociais.

Clayton Oliveira 99
Leia o depoimento do jovem nas redes sociais

A vítima contou ainda que o motorista teria dito que voltaria para agredi-lo até a morte. Após pular do carro, o jovem parou em um posto de combustíveis e pediu ajuda.

"Parei em um posto e só sabia chorar. Pedi ajuda, gritei, estava todo deformado e ensanguentado. Está doendo não só pelo físico, mas também pelo emocional. Isso porque no final das contas, eu me senti um lixo pelo simples fato de SER. Não dá para se calar, todo cuidado é pouco. A gente não pode mais morrer!", destacou.

Nas redes socias também começou a circular um vídeo com um áudio do que parece ser a discussão entre o motorista e o jovem dentro do carro. O homem relata que está sendo assediado e pede para que o passageiro mantenha a postura.

Posicionamento

A empresa 99 informou que  já tomou conhecimento do caso e que o motorista foi bloqueado pela plataforma até que a investigação policial seja finalizada.

"O aplicativo lamenta profundamente o caso e reitera que repudia veemente qualquer atitude preconceituosa ou hostil contra pessoas, seja por conta de orientação sexual ou qualquer outra. Temos uma política de tolerância zero em relação à LGBTFobia.

Esclarecemos ainda que todos os usuários, motoristas e passageiros, devem tratar uns aos outros com boa fé e respeito. Em comportamentos como esse, que vão contra os Termos de Uso da Plataforma, todas as medidas corretivas são adotadas -- e incluem o bloqueio definitivo do perfil do agressor", diz a nota da 99.

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