A Justiça do Amazonas concedeu nesta segunda-feira (3) o habeas corpus a Caio Claudino de Souza, suspeito de matar a servidora do Tribunal Regional do Trabalho 11ª Região (TRT11), Silvanilde Ferreira. Decisão foi assinada pela desembargadora Mirza Telma de Oliveira.
Preso desde maio de 2022, Caio Claudino passará a ser monitorado por tornozeleira eletrônica, de acordo com o documento. De acordo com o alvará de soltura, ele deverá comparecer periodicamente em juízo, para informar e justificar atividades; está proibido de ter acesso a bares e locais que vendem bebidas alcoolicas; está proibido de manter contato com familiares da vítima ou pessoas relacionadas ao fato; e não poderá se ausentar de Manaus.
O pedido de habeas corpus foi impetrado pelo advogado Samarone Gomes. "Está sendo cerceado o direto constitucional dele (Caio) de ter acesso às provas já produzidas, que são essenciais para valorar se ele cometeu ou não a conduta imputada. Passado todo esse lapso temporal de mais de 10 meses, a defesa não teve acesso às provas produzidas", afirmou o advogado.
Morte e prisão
Conforme as investigações da Polícia Civil, o corpo da servidora Silvanilde Ferreira, foi encontrado pela filha, Stephanie Veiga, ainda na noite do dia 21 de maio. Ela estava morta dentro do apartamento em que as duas moravam, na Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus.
Após dez dias, a PC chegou ao suspeito Caio Claudino, que segundo a PC, confessou ter praticado o crime para roubar a vítima.
Nas investigações, a polícia concluiu que o suspeito estava trabalhando no dia do crime como vigilante do prédio e que praticou o latrocínio para conseguir dinheiro para consumir drogas.
Dias depois, ele negou a versão afirmando que tem a certeza de que não foi ele quem matou Silvanilde e que nunca entrou no apartamento dela.
O celular da servidora sumiu do local do crime e nunca foi localizado.