A Justiça do Amazonas decretou, na quarta-feira (26/11), a prisão preventiva do médico Humberto Fuertes Estrada. Ele é investigado pela morte de um recém-nascido após não comparecer ao parto de uma adolescente em Eirunepé, no último sábado (22/11).
Segundo as investigações, a gestante deu entrada na unidade por volta das 4h, em trabalho de parto. O que estava de sobreaviso, não respondeu as tentativas de localizá-lo. O bebê morreu cerca de uma hora depois após o parto ser conduzido por enfermeiros e por um clínico geral. O médico chegou ao hospital por volta das 9h.
Após o ocorrido, o médico prestou depoimento na delegacia do município. Segundo a Polícia Civil do Amazonas, posteriormente ele deixou Eirunepé com destino ao Acre, o que levantou suspeita de fuga.
De acordo com o delegado Yezuz Pupo, responsável pela investigação, documentos obtidos pela polícia — como lista de passageiros e comprovante de pagamento de passagem aérea — indicam que o médico viajou para o município de Feijó (AC) no dia seguinte à morte do bebê.
Com base nas informações reunidas, a Polícia Civil solicitou à Justiça a prisão preventiva do investigado, além da suspensão do exercício profissional. O pedido foi aceito pelo juiz Odílio Neto.
Na decisão, o magistrado afirmou que os indícios apresentados pela investigação justificam a adoção da medida cautelar, citando possível risco à ordem pública e a necessidade de garantir o andamento do processo.
O juiz também destacou o risco de fuga, considerando que o médico deixou o município sem comunicar as autoridades.
Até a última atualização, Humberto Fuertes não havia sido localizado e é considerado foragido.
