O narcotraficante Alan Sérgio Martins Batista, conhecido como "Alan do Índio", foi um dos alvos da Operação Xeque-Mate, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (6) para desarticular o principal núcleo do Comando Vermelho (CV) no Amazonas. De acordo com as investigações, ele passou por diversas cirurgias plásticas ao longo dos últimos anos para modificar a aparência e despistar as forças de segurança.
De acordo com a PF, três pessoas foram presas durante a ação, entre elas a companheira de Alan, Cristina Nascimento. O investigado segue foragido. Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos joias, relógios e outros artigos de luxo em um imóvel localizado em um condomínio de alto padrão, em Manaus.
Ele chegou a ser preso em 2017, suspeito de negociar armas com facções de outros estados. As investigações indicam que após ser solto Alan Batista teria passado por procedimentos estéticos nos últimos anos para modificar o rosto e não ser reconhecido pelas autoridades.
De acordo com a PF, ele também usava documentos falsos para realizar viagens internacionais e gerenciar atividades do grupo a partir do Rio de Janeiro.
Segundo o superintendente da PF no Amazonas, João Paulo Garrido Pimentel, a investigação também identificou o uso de criptoativos e empresas de fachada para movimentação de recursos. O bloqueio judicial de bens avaliados em cerca de R$ 122 milhões foi determinado.
A Operação Xeque-Mate é um desdobramento de investigações iniciadas após a apreensão de mais de duas toneladas de drogas em uma embarcação no interior do Amazonas. A carga seria vinculada ao grupo criminoso investigado.