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Lula participa da Cúpula do Mercosul e assume presidência do bloco

Presidente reforçou que o Brasil não deixará a presidência do bloco antes de acordo com a União Europeia ser fechado

Foto: Ricardo Stuckert

O Brasil assume nesta quinta-feira (3/7) a presidência rotativa do Mercosul, com a promessa de impulsionar a conclusão do acordo comercial com a União Europeia.

Um dos principais compromissos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é finalizar a negociação ainda em 2025 — meta reiterada por ele em discurso na última terça-feira (1º).

Além da retomada do pacto com a UE, o Brasil buscará reforçar a Tarifa Externa Comum (TEC), entre os países do bloco, ampliar a cooperação na área de segurança e incluir o setor automotivo nos compromissos regionais.

A presidência, atualmente sob responsabilidade da Argentina, será transferida ao Brasil durante a cúpula de chefes de Estado, nesta quinta, em Buenos Aires.

Lula chegou à capital argentina na quarta-feira (2), marcando sua primeira visita oficial ao país desde a posse de Javier Milei, em dezembro de 2023.

“Mercosul verde”
Sob a presidência brasileira, o Mercosul pretende concentrar esforços no fortalecimento da Tarifa Externa Comum, na integração dos setores automotivo e açucareiro ao regime comercial do bloco e no avanço de medidas que consolidem a união aduaneira. Também está prevista a discussão sobre a atualização da Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum (Letec), com a incorporação de novos códigos.

Além dos temas comerciais, o Brasil quer impulsionar a criação de uma agenda ambiental no bloco. “Outro ponto que acho que responde às necessidades da realidade atual é o lançamento de um Mercosul verde. É promover a cooperação para que não só o nosso comércio seja mais sustentável, mas também que mostremos ao mundo as nossas credenciais verdes: temos uma matriz energética renovável e nossa agricultura é sustentável”, afirmou a embaixadora Gisela Padovan.

A cooperação em segurança pública e o financiamento de infraestrutura também estão entre os focos. O Brasil deve liderar o lançamento da segunda fase do Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (FOCEM 2).

A presidência brasileira também pretende fortalecer a dimensão social do bloco. “Nós gostaríamos de ver esses institutos mais vigorosos”, disse a embaixadora, referindo-se ao Instituto de Políticas Públicas em Direitos Humanos (IPPDH) e ao Instituto Social do Mercosul (ISM), que atuam nas áreas de direitos humanos, justiça e políticas sociais.

Outras prioridades incluem a ampliação da participação dos países associados, com destaque para o Panamá, e o estímulo às relações comerciais por meio do Fórum Empresarial, com foco especial em pequenas e médias empresas, que enfrentam mais barreiras no comércio internacional.

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