O gerente-geral da farmacêutica Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, afirmou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, em depoimento nesta quinta-feira, 13/05, que as primeiras reuniões da empresa com o governo de Jair Bolsonaro sobre a aquisição de vacinas contra o novo coronavírus ocorreram ainda em maio de 2020.
“A negociação em si foi com o Ministério da Saúde, mas também tivemos contato com outras agências governamentais”, disse Murillo. De acordo com o gerente-geral da farmacêutica, a interlocução com a pasta, então comandada pelo general Eduardo Pazuello, era feita com Elcio Franco, ex-secretário executivo do ministério.
O executivo disse que também teve contatos com o Ministério da Economia e com a secretaria de Comunicação, de Fabio Wajngarten, com senadores e deputados. Murillo citou o presidente da Câmara, Arthur Lira.
“Nossa negociação foi com o Ministério da Saúde. As negociações com Wajngarten foram por uma possível coordenação dele”, reforçou, ao ser questionado pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Carlos Murillo afirma que o primeiro contrato com o governo brasileiro foi assinado apenas em 19 de março de 2021.