O Governo do Amazonas, por meio do Comitê Permanente de Enfrentamento a Eventos Climáticos e Ambientais, atualizou, nesta sexta-feira (06/06), o boletim com informações sobre a cheia no estado. Até o momento, 92.801 famílias foram afetadas, totalizando cerca de 371.193 pessoas impactadas diretamente em diversas regiões do Amazonas.
As nove calhas de rios do estado seguem em processo de cheia, com picos previstos entre os meses de março e julho. Segundo decretos municipais, dos 62 municípios amazonenses, 36 estão em Situação de Emergência, 22 em Alerta, um em Atenção e três em situação de normalidade.
Assistência humanitária
O Governo do Estado já enviou 250 toneladas de cestas básicas, 600 caixas d’água de 500 litros, 57 mil copos de água potável da Cosama e 10 kits purificadores do programa Água Boa para os municípios de Manicoré, Apuí, Humaitá, Borba, Boca do Acre e Novo Aripuanã.
Ações na área da saúde
Para garantir o atendimento médico às populações afetadas, a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) enviou uma embarcação adaptada como hospital flutuante para o município de Anamã, que está em estado de emergência. Na mesma data, o Barco Hospital São João XXIII também partiu de Manaus para realizar atendimentos por uma semana na cidade.
Além disso, a SES-AM já distribuiu 72 kits de medicamentos para os municípios de Apuí, Boca do Acre, Manicoré, Humaitá, Ipixuna, Guajará e Novo Aripuanã, beneficiando mais de 35 mil pessoas. Em Manicoré, uma nova usina de oxigênio, com capacidade de produzir 30 m³/h, foi entregue à prefeitura, dobrando a produção da antiga unidade. Já em Apuí, foram enviados seis cilindros de oxigênio, além de medicamentos e insumos hospitalares.
Operação Cheia 2025
A Operação Cheia 2025 começou no dia 16 de abril, com o anúncio do governador Wilson Lima sobre o envio de ajuda humanitária à calha do rio Madeira. Os primeiros municípios atendidos foram Humaitá, Manicoré e Apuí, que decretaram Situação de Emergência ainda no início da enchente.
Monitoramento contínuo
O monitoramento dos níveis dos rios é feito de forma permanente pelo Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil, que acompanha a situação hidrológica ao longo de todo o ano para garantir respostas rápidas e coordenadas.