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O clima tropical e as condições demográficas das cidades da região Amazônica favorecem a proliferação de diferentes mosquitos transmissores de doenças como: zika, febre amarela, dengue, chikungunya, entre outras. A malária é uma delas. A Amazônia é considerada a região com maior concentração de casos da doença registrados no Brasil, é o que apontam profissionais do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz). 

“No Brasil, 99% dos casos autóctones (naturais da região ou do território) são registrados na Região Amazônica, principalmente por conta das condições demográficas, ambientais e sociais que são bastante favoráveis à manutenção do ciclo de transmissão”, explicou André Siqueira, médico infectologista e pesquisador do Laboratório de Pesquisa Clínica em Doenças Febris Agudas (LapClin DFA) do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz).

O mosquito da malária se prolifera em lugares com água limpa, sombreada e de baixo fluxo, comuns na região amazônica. 

Só no Amazonas, de janeiro a agosto de 2019, foram registrados 41.062 casos de malária, em 2018, no mesmo período, foram 51.566. Uma redução de 20% na quantidade de pessoas infectadas pelo vírus. Segundo a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS), oito municípios são considerados como prioritários, porque concentram cerca de 80% das notificações. São eles: São Gabriel da Cachoeira (5.830), Barcelos (4.373), Manaus (4.373), Lábrea (3.904), Coari (2.372), Santa Isabel do Rio Negro (2.318), Tefé (1.914) e Carauari (1.411).

De acordo com o Boletim Epidemiológico de Malária, divulgado pela FVS, dos 62 municípios amazonenses, 38 cidades apresentaram redução de incidência da doença. A redução dos casos não tira a preocupação dos órgãos de saúde. Isso porque a doença ainda é avaliada como um grande problema a ser enfrentado não apenas no Amazonas como no Brasil. No estado, é a doença mais notificada. 

Já os municípios que apresentaram aumento foram: São Paulo de Olivença, Maraã, Uarini, Beruri, Caapiranga, Coari, Manaquiri, Nova Olinda do Norte, Nhamundá, Eirunepé, Ipixuna, Boca do Acre, Canutama, Lábrea, Pauini, Tapauá, Apuí, Humaitá, Manicoré, Novo Aripuanã. Outras três cidades do Amazonas (Urucurituba, Boa Vista do Ramos e Barreirinha) não apresentaram nenhum caso de malária.

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