Neste domingo de eleição, 7 de outubro, foram recebidas 435 denúncias de crimes eleitorais no Amazonas, segundo balanço divulgado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM). Os números englobam informações repassadas a todos os órgãos envolvidos na operação do pleito. Somente ao 190, foram realizadas 177 denúncias.
No Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), os órgãos montaram a base da operação integrada com todos os órgãos envolvidos, incluindo o Tribunal Regional Eleitoral. balanço apresentado no fim da tarde de hoje, na sede do TRE-AM, o secretário de segurança pública, Coronel Anézio Paiva, disse que o pleito transcorreu dentro da normalidade.
Mais de 3,5 mil policiais civis e militares estão envolvidos no trabalho, só no que concerne a proteção das zonas eleitorais e ações de fiscalização relativas ao pleito. Além disso, as polícias intensificaram as operações nas ruas para fiscalizar e coibir crimes. A ação envolveu a Secretaria de Inteligência e Secretaria de Operações (SEAOP), além do patrulhamento aéreo em vários pontos da cidade.
“Em todo o Estado, foram 42 detenções. Após as averiguações, 24 pessoas foram presas, sendo 18 no interior e seis na capital. A maior parte dos casos envolveu transporte irregular de passageiros, distribuição de santinhos e propaganda irregula”, disse.
A coletiva contou com a presença do Comandante Geral da PM, coronel Cláudio Silva, e do delegado geral da Polícia Civil, Frederico Mendes. Na tarde deste domingo, os helicópteros da SSP levaram as juízas eleitorais em um sobrevoo pelas zonas eleitorais para verificar o andamento da votação.
“O resultado do trabalho integrado entre a Secretaria de Segurança Pública, Polícia Civil, Militar e Forças armadas teve um resultado bastante positivo porque tivemos uma eleição tranquila em Manaus com poucas ocorrências e ainda conseguimos tirar de circulação uma arma e uma quantia de entorpecentes”, destacou o comandante da PM, Coronel Cláudio Silva.
Pela manhã, a Polícia Militar prendeu na zona leste de Manaus um homem por suspeita de compra de votos. Ele estava com mais de R$ 14 mil em espécie. A tarde, no Japiim, também houve um flagrante por suposta compra de voto, quando um homem foi preso com R$ 850.
“Foi uma eleição tranquila sem incidentes graves. Nossas tropas estão tanto nos locais de votação quanto fazendo o patrulhamento ostensivo e só começarão a sair do município na segunda-feira, dando segurança nas comunidades longínquas”, ressaltou o coronel Paiva.
Casos – A Polícia Civil do Amazonas, por meio do delegado-geral, Frederico Mendes, apresenta os números de ocorrências registradas na capital e no interior, durante as Eleições 2018. No total, 39 pessoas (sendo 33 no interior e 6 na capital) foram presas em flagrante e conduzidas as unidades policiais de Manaus e demais municípios. Entre as principais ocorrências registradas estão os crimes eleitores, como boca de urna, compra de votos, distribuição de material de campanha e transporte de eleitores.
“A Polícia Civil cumpriu sua missão institucional de polícia judiciária, com atuação em 52 municípios, com efetivo de 57 policiais enviados como reforço ao interior. Já na capital nós funcionamos com 322 servidores e forças especiais, e tudo transcorreu de forma pacífica e ordeira. Apesar desses 39 detidos, se comparado ao universo eleitoral do nosso Estado, é imperceptível, haja vista o número de eleitores envolvidos no pleito. Agradeço imensamente aos policiais civis que se dedicaram nessa missão, tanto da capital quanto do interior”, disse o delegado-geral.
Compra de votos – Na manhã deste domingo (7/10), por volta das 10h, o ex-prefeito de Nhamundá, M*ário José Chagas Paulain, 64, foi preso em flagrante pelo crime de corrupção eleitoral. De acordo com o delegado Wenceslan Queiroz, que está respondendo interinamente pela 43ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP), o homem foi preso em uma pousada, naquele município, com vasto material material de campanha, de vários partidos políticos, além de R$ 2.220 mil em espécie.
O delegado informou que as equipes policiais já estavam monitorando as demandas naquela cidade, quando receberam uma denúncia anônima relatando a ocorrência. Após a prisão, Mário José Chagas Paulain foi conduzido à delegacia. O delegado destacou que, por ser um crime afiançável, foi arbitrada fiança no valor de R$ 10 mil, que foi paga pelo infrator. Após os trâmites na unidade policial, o homem foi liberado e irá responder ao processo em liberdade.