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Manaus está entre os 20 municípios com piores índices de saneamento do Brasil, aponta estudo

A informação é do Ranking do Saneamento 2025 divulgado pelo Instituto Trata Brasil nesta terça-feira (15/7)

Foto: Reprodução

Manaus está na lista dos 20 municípios com os piores índices de saneamento básico do Brasil. A informação consta do Ranking do Saneamento 2025, divulgado pelo Instituto Trata Brasil nesta terça-feira (15/7). O estudo considera dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento referentes ao ano de 2023.

A capital amazonense aparece na relação ao lado de outras sete capitais: Recife (PE), Maceió (AL), São Luís (MA), Belém (PA), Rio Branco (AC), Macapá (AP) e Porto Velho (RO). Também estão entre os piores colocados quatro cidades do Rio de Janeiro, quatro de Pernambuco e três do Pará e uma no Ceará.

De acordo com o estudo, os 20 piores municípios tiveram um investimento anual médio no período de 2019 a 2023 de R$ 78,40 por habitante, cerca de 65% abaixo do valor médio necessário para a universalização, de R$223,82

Na outra ponta, as melhores 20 cidades no ranking tiveram investimento anual médio de R$ 176,39 por morador no período, o equivalente a 20% abaixo do necessário, mas com cobertura já avançada.

Manaus subiu uma posição, chegando a colocação 87, no ranking deste ano em relação ao ano passado. Em relação à coleta total de esgoto, a capital amazonense tem índice de 28,46%, sendo 22,31% de tratamento, enquanto de abastecimento total de água o indicador é de 97,98%.

Posicionamento
Em nota, a Águas de Manaus informou que a capital amazonense é a sexta do país que mais investiu em saneamento básico entre 2019 e 2023, com mais de R$ 1,1 bilhão aplicados. "A cidade também segue entre as cinco capitais do país com maior redução de perdas de água, registrando uma evolução de 25 pontos percentuais".

"Manaus também é a capital do Norte que mais recebeu investimentos em saneamento no período. O valor de investimentos em Manaus entre 2019 e 2023 - período de coleta da pesquisa - representa 89% do que foi aplicado em toda a região Norte no setor. Em uma atualização dos números para além do período de análise do Trata Brasil, a capital amazonense chegou a 2025 com mais de R$ 1,6 bilhão investidos para a universalização da água e a expansão dos serviços de coleta e tratamento de esgoto", informou a empresa em nota.

A empresa também pontuou que o estudo tem dois anos de defasagem, uma vez que considera os números de 2023, e é anterior ao programa Trata Bem Manaus, lançado pela concessionária em 2024 com foco na universalização dos serviços de coleta e tratamento de esgoto em menos de dez anos.

Análise
Na avaliação da presidente-executiva do Instituto Trata Brasil, Luana Pretto, os dados mostram que o país ainda está distante de cumprir as metas de universalização previstas no novo marco legal do saneamento.

“Esta edição do Ranking ressalta que, além da necessidade de os municípios garantirem o acesso universal à água potável e à coleta de esgoto, o tratamento do esgoto se destaca como o indicador mais distante da universalização nas cidades, representando o principal desafio a ser superado. É imprescindível trazer o saneamento para o centro das discussões dos Prefeitos e Prefeitas em todo Brasil e priorizá-lo nas políticas públicas”, pontuou.

Estudo
A 17ª edição do Ranking do Saneamento avaliou os 100 maiores municípios brasileiros em população, com base em indicadores como abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, investimentos no setor e perdas de água na distribuição. O estudo verificou a evolução dos indicadores estabelecida em metodologia criada em parceria com a consultoria GO Associados.

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