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Manaus inicia estudo da vacina contra a Chikungunya em adolescentes

Jovens saudáveis, com idade entre 12 e 17 anos, podem participar da pesquisa.

Adolescentes de Manaus, com idade entre 12 e 17 anos, podem se inscrever para participar do estudo da vacina contra a Chikungunya. Em Manaus, a pesquisa do imunizante desenvolvido pelo Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica franco-austríaca Valneva, é coordenada pelo Instituto de Pesquisa Clínica Carlos Borborema (IPCCB), da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD).

O pesquisador responsável pelo estudo em Manaus é o médico infectologista, Marcus Lacerda, com o apoio da co-pesquisadora, a médica infectologista, Maria Paula Mourão, da FMT-HVD.

A vacina já foi testada em mais de 400 adultos adultos nos Estados Unidos e mostrou um perfil de segurança e proteção, com anticorpos significativos. Os participantes receberão o imunizante em dose única, seguida por acompanhamento com duração entre 6 a 12 meses. Em Manaus, a previsão é que cerca de 100 jovens participem da pesquisa, que pretende recrutar 750 indivíduos em sete centros de pesquisa do Brasil.

“Nós estamos aqui, junto com o Instituto Butantan e o Instituto Valneva, desenvolvendo um estudo clínico para avaliar a segurança da vacina contra a Chikungunya em adolescentes menores de 18 anos. A vacina já foi testada em adultos e mostrou um perfil bastante importante de segurança, e agora a gente vai testar em adolescente para garantir que essa vacina seja incorporada com segurança no calendário nacional”, explicou a médica infectologista e pesquisadora co-responsável pelo estudo, Maria Paula Mourão.

A pesquisadora pontua também que cada vez mais a população está descobrindo a importância da ciência no controle das doenças e as vacinas demonstraram uma ferramenta importante para que se possa controlar surtos de doenças.

Ela aproveita para pedir o apoio dos adolescentes a participarem da pesquisa em prol do bem de toda a comunidade.

“Contamos com você, adolescente, entre 12 e 17 anos, para que venham construir a ciência junto conosco e mostrar mais uma vez que o Amazonas também produz ciência de qualidade e também gera dados importantes para o mundo inteiro”, disse.

Os voluntários, que podem ter tido ou não a doença previamente, devem ser indivíduos saudáveis e ter autorização dos pais ou responsáveis para participar.

Gestantes ou lactantes, pessoas com condições clínicas instáveis ou com histórico de artrite e artralgia, em terapia de imunossupressão, como corticoides, ou em tratamento por radioterapia não podem ingressar nos testes.

Vacina
O imunizante é, até o momento, o único contra a doença que está na fase 3 dos ensaios clínicos, a última com humanos. Os testes já realizados com adultos nos Estados Unidos mostraram que ela gera proteção e é bem tolerada em todos os públicos e faixas etárias pesquisadas, com resultados demonstrando que 96,3% dos voluntários apresentaram manutenção da produção de anticorpos por ao menos seis meses. No Brasil, o objetivo é avaliar a segurança e imunogenicidade da vacina em adolescentes com idade entre 12 e 17 anos.

A partir de um ano, a pesquisa sendo considerada segura e eficaz, ela entra na fase de negociação da indústria que a produz junto aos órgãos de saúde para que possa ser produzida em larga escala e ser incorporada no calendário regular gratuito, ou as clínicas particulares incluírem nos seus protocolos de serviços.

A Chikungunya é uma doença infecciosa transmitida pelos mosquitos Aedes Aegypti e Aedes albopictus, os mesmos que transmitem a dengue e a febre amarela. Os principais sintomas são febre, dores intensas nas articulações, que podem se prolongar por meses e até anos, além de dor de cabeça, no corpo e manchas vermelhas na pele.

Como participar
Os interessados em participar podem entrar em contato pelo número (92) 98471-7627 para tirar dúvidas ou fazer um pré-agendamento, também na sede do Instituto de Pesquisa Clínica Carlos Borborema (IPCCB), avenida Pedro Teixeira, s/n, bairro Dom Pedro, zona centro-oeste, prédio anexo da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD).

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